Cantemos claro e deixemos de amarear! Marear.gal é preciso!

Navegar é preciso, viver não é preciso.
Fernando Pessoa

No tengas miedo de perderte, no.
El tiempo pasa tan despacio en Sildavia.
No hay desiertos.
No hay falsa pasión.

La Unión

 

Nom nos enganam: Galiza nom é Sildávia, o país imaginário d'As Aventuras de Tintim ao que com tanto êxito cantara na década de 80 o grupo de pop espanhol La Unión.

Nem o tempo passa tam a modo na Galiza. Nesta Terra o Tempo corre que dá gosto, aliás, voa que nem o 'pelikano beltza' da bandeira do fitício país dos Balcãs. Tanto é assim que já estamos a 21 de outubro de 2015 (Back To The Future Day) faltando apenas dous meses para as eleições gerais.

Deixemo-nos pois de "falsas paixões" e cantemos claro de umha vez! Deixemos de amarear!

Já levamos um tempinho a voltas com o tema este da candidatura de unidade para as eleiçons... Cousa bonita esta da unidade! Que chachi é levar-se bem!

Seria difícil compilar as dúzias de apelos públicos, tanto colectivos coma individuais, que inçárom webs e redes sociais, mesmo algumha folha de papel, torcendo por conseguir um entendimento entre os agentes políticos actuantes no campo da esquerda e do que nom é tam esquerda deste nosso fermoso país.

O tema é que após tanto bit e algumhas gotas de tinta o resultado é o que é. Oh, surpresa! resulta que nom há umha conceiçom comum em base à que tecer essa unidade. Até hai quem pode pensar que o objetivo de algum destes actores nom era tanto a marea galega mas sim amarear à galega. Que nom é o mesmo!

O tema é que após tanto bit e algumhas gotas de tinta o resultado é o que é. Oh, surpresa! resulta que nom há umha conceiçom comum em base à que tecer essa unidade. Até hai quem pode pensar que o objetivo de algum destes actores nom era tanto a marea galega mas sim amarear à galega. Que nom é o mesmo! Os que já temos algum que outro triênio nisto, sabemos que hai muitas pessoas especialistas nisto de envolver a pessoal que de boa fé acreditam nestes amareadores profissionais.

Diante desta tesitura ✩s do 13 temos moi clara qual é a opçom pola que apostamos, a mesma das últimas eleiçons municipais: a construçom da unidade popular e dumha candidatura aberta a todas as pessoas e organizaçons actuantes na Galiza -bem sejam estritamente galegas, bem estejam estruturadas em organizaçons estatais- que partilhem um programa comum de ruptura democrática com o vigente regime.

Em maio de 2015 as marés municipalistas fórom ponto de encontro da esquerda social e da esquerda partidária. Ponto de encontro de ativistas e da cidadania consciente da necessidade desta ruptura. Para ✩s do 13 é algo fundamental o reconhecimento destas marés como os legítimos processos de acumulaçom de forças desta esquerda social e partidária que reconhece o nosso país como necessário sujeito político. Em chave nacional galega. Nem mais, nem menos.

É algo fundamental o reconhecimento destas marés como os legítimos processos de acumulaçom de forças desta esquerda social e partidária que reconhece o nosso país como necessário sujeito político. Em chave nacional galega. Nem mais, nem menos.

Num momento em que -de Ortegal ao Minho e de baixo a cima, dos baixos mais fundos até as mais outas cuinhas, acolá em riba, 'sursum' de todo- todo o mundo parece comprar o tam deostado discurso 'podemita' (antigamente bloquista/quintanista) de que "nom somos de esquerdas nem de direitas", chama-lhe: nós sabemos de que lado carregamos, aliás, estamos: sempre com @s de abaixo e com o coraçom à esquerda.

E se, paradoxalmente, o Podemos decide fazer precisamente na Galiza umha excepcom à calculada ambiguidade que carateriza o partido roxo no resto do Estado -onde nem sobe nem baixa ao/do carro da esquerda- e fazer parte dumha candidatura galega de base marcadamente transformadora, por nós, estupendo!

Respeitamos profundamente a quem nom partilhe esta nossa conceiçom, mesmo estamos dispostos a buscar pontos de consenso em multidom de campos e cenários políticos nos que coincidimos ou coincidiremos num futuro.

Assim de simples.

Hai quem pode duvidar da eficácia desta proposta, pode ser. Mas na verdade, visto o potencial desta estratégia e os sucessos das últimas municipais pensamos que é a melhor das alternativas.

Respeitamos profundamente a quem nom partilhe esta nossa conceiçom, mesmo estamos dispostos a buscar pontos de consenso em multidom de campos e cenários políticos nos que coincidimos ou coincidiremos num futuro.

Para as das vindouras eleiçons do 20-D, pensamos que já passou o tempo de amarear o pessoal. Comecemos a marear!

Marear
v. tr.
(1) Governar e pôr em movimento um navio. ≃ manobrar, governar, navegar
 

Amarear
v. tr. e pron.
(3) Atascar-se um lugar de trolho.
 

Grazas ás socias e socios editamos un xornal plural

As socias e socios de Praza.gal son esenciais para editarmos cada día un xornal plural. Dende moi pouco a túa achega económica pode axudarnos a soster e ampliar a nosa redacción e, así, a contarmos máis, mellor e sen cancelas.