Brevíssimo guia para a procura toponímica da Galiza comunal

Uma vez apagadas da memória coletiva, as instituições comunitárias e de autogoverno parroquial podem permanecer durante longo tempo vivas na toponímia. Dentro da timidamente chamada “toponímia do direito” incluem-se muitos nomes de lugar que respondem a modalidades de propriedade comunal –nem privada nem estatal- e aos seus órgaõs de autogestão, dando importantes informações para o seu estudo. Este artigo apenas chama à atenção para a sua existência, convidando a ver a nossa toponímia com outros olhos e, agora que o capitalismo impõe o seu nome aos ex – espaços públicos (as “praças Coca Cola”), descubrir nela a possibilidade de uma outra organização social mais justa e digna.

Assembleia

Começando pola assembleia soberana para a autogestão do comunal, o concelho aberto, há uma abundante toponímia que alude a ela e às suas posses coletivas. Em uma primeira olhada à microtoponímia digitalizada pola Xunta de Galicia, que apenas representa uma pequena parte do total, Joám Evans achou uma rica variedade concentrada no Suleste da Galiza, onde a povoação concentrada favoreceu históricamente o desenvolvimento do comunal e onde a denominação “concelho” é maioritária (face o do tipo “junta de vizinhos” do Noroeste galaico): Caldeira do Concelho, Lama do Concelho, Lameira do Concelho, Leira do Concelho, Touça do Concelho, Moinho do Concelho e Preseira do Concelho (1).

A toponímia do estilo as Juntas ou o Juntadoiro é menos inequívoca, porquanto também poderiam referir-se estes nomes a terras onde convergem dous rios ou regatos. Outras vezes é um lugar inteiro o que leva o nome da instituição, caso de Concelho, aldeia da freguesia de Agudelo (Barro). O lugar de Conselho, em Papucim (Frades), zona de fala thetacista, poderia ser o vestígio da distinção medieval entre o concilium e o cosilium.

Houvo também um Outeiro do Concelho em Cotobade, onde aparece a vizinhança reunida na Quinta-Feira de Cinça de 1597 para proclamar umas ordenanças que regulavam os usos da terra comunal (2). Segundo escreve Vicente Risco a atual praça do Bispo ou do Bispo Cesáreo de Ourense era chamada antigamente Horta do Concelho, “cuyo nombre a ún le dan algunos ancianos. En el siglo XV estaba fuera de las murallas, ante una de las puertas, y era un campo plantado de árboles abundantes; en él se celebraban las asambleas de vecinos, llamados a concejo a son de campana tanxida” (3). Para o ano 1434 há um documento que localiza o lugar de reunião do concelho de Ourense (talvez o cerrado, dos notáveis, contraposto ao aberto e popular) no paraiso da Catedral: “ena dita çibdade d’Ourense, dia quinta feira, cinqo dias do dito mes do dito ano, eno Parayso da iglesia catedral do señor Martiño, estando y presentes en conçello, por pregón deytado por la dita çibdade […]” (4).

Nas Astúrias têm-se ocupado deste tipo de topónimos J. M. González (5) e Xosé Luis García. Diz este último: “Lugares de reunión con una motivación religiosa, mercantil o institucional pudieron ser lso lugares conocidos hoy como Conceyeru (Villaviciosa), Conceyiles (Siero), de hecho el latín conocía la palabra concilium “reunión, asamblea” y de ahí el conceyu o concechu, palabra de tanta raigambre institucional asturiana, que tanto significa “junta de vecinos” como “municipio” (6). Ainda, assinala García Arias que o termo Cidá, presente nas Astúrias no microtopónimo Cabeza Cidá, que nomeia um outeiro em Ortigueru entre os concelhos de Onís e Cabrales, “no tiene por qué ser necesariamente sinónimo de “núcleo de población” sino sencillamente de “lugar de reunión” (7).

Árvore

Outro microtopónimo, neste caso urbano, que testemunha o lugar de debates políticos é o da compostelana Rua do Perguntoiro, do latim preconitorium, “sítio de pregões”, onde López Ferreiro situava para o século XII o foro, “que era donde se daban los pregones, y se notificaban al pueblo los acuerdos y resoluciones” (8) tomados em concelho. “Allí cerca –acrescenta em nota de rodapé- había un roble (carballo), que existió hasta el siglo XVI, y que bajo una copa cobijaría, como el carbayón de Oviedo y el árbol de Guernica, á los ciudadanos deliberando sobre los intereses públicos (9)”. Com certeza, algum dos abundantíssimos fitotopónimos que levam o nome de uma árvore que singularizava um terreno há de fazer referência às árvores de concelho ou junta, como o famoso Carvalho dos repúblicos de Taboadelo citado por Murguía. Estas árvores senlheiras da paróquia acolhiam as reuniões e festejos, assim como os anúncios de interesse público. Neira Vilas lembrava uma “cerdeira grande e resinosa que estaba ó pé do valo do atrio”, que era “onde se pegaban todos os anuncios da parroquia […]” (10). Otero Predayo, por sua parte, condenava a progressiva “estatalização” destas árvores públicas: “A paisaxe fermosa mírase aos arbres lixados de porcos papeis pendurados do cravo da usura como ises albrs dos campos de feira onde poñen o anunzo da cobranza dos impostos e a xaografía das hipotecas presenta terreos terciarios, cuaternarios e modernos” (11). Conservam-se hoja nas Astúrias muitos teixos à porta das pequenas igrejas rurais que eran lugar de concelho. Debe ser o caso também da Encinheira que cita Cabeza Quiles, e que “nomea un lugar e unha parroquia do concelho lugués de Queiroga, onde unha grande aciñeira adorna, segundo puidemos comprobar, o adro da igrexa parroquial” (12). O que não deveu dar nome a todo o lugar é o Carvalho das Mentiras do adro da igreja parroquial de Calvos de Socaminho (Arçua), onde a finais do século XIX ainda se reunia a junta de vizinhos. Este carvalho explicou Antón Fraguas que foi bárbaramente arrincado para que pudessem passar melhor tractores e camiões (13).

O facto de que este carvalho se alcunhasse “das mentiras” remete de novo a uma hipótese já plantejada a propósito de vários microtopónimos arqueológicos: a da possível denigração das velhas instituições concelhias, sem desbotarmos tão-pouco a ironia popular. Para o caso do Campo das Mentiras de Xanceda (no concelho de Messia, relativamente perto de Calvos de Socaminho), conta o amigo ‘Mero’ Iglesias Dobarrio: “sei dos vellos que me contaron que lle chamaban así por mor dos mandatarios do Ayuntamiento que sempre prometían –para facerse cos votos- e logo non facían nada. Algo moi parecido ao de hoxe. Seica alí, antes das reunión dos concelleiros, falaban coma nas xuntas veciñais, para tratar o que logo non cumprían” (14). Prática esta de intoxicar as assembleias vizinhais de plena atualidade em Xanceda, onde a mineira Erimsa está a enviar profissionais da mentira às juntas de vizinhas que organizam a resistência a este projeto extrativista que suporia a ruína do agro, e que também afeta ao antecitado Conselho de Papucim.

Outra árvore senlheira, neste caso um pinho, caraterizou todo o lugar do Pino, na freguesia de Setecoros (Valga), onde se realizava antigamente uma feira. Mas também é interessante este nome de Setecoros, tendo en conta que no Cham do Monte de Setecoros está situada a Eira das Mouras, lugar arqueológico onde as meigas faziam o seu maléfico concelho (15).

Adro

Sorte de árvore severa, o pelourinho também fazia parte de vida concelhia, embora mais próximo ao concelho fechado do que ao aberto. Cabeza Quiles recorda em Corcubiom “unha rúa chamada tamén Campo do Rollo, onde habería unha destas columnas pétreas, que servían así mesmo como lugar de cita e celebración de xuntanzas ou concellos (16)”. De função semelhante pudo ter sido o espaço que hoje ocupa a aldeia Publicada (com outro microtopónimo associado: o Caminho da Publicada), na paróquia de Samieira (Poio). Luisa Blanco Rodríguez remete estes topónimos para um derivado do latim publicus, de forma que “quizás haya alusión a que en este lugar se publicasen las noticias, normas, leyes…, entendiéndose por publicar […] la etimología “hacer público, oficial”” (17). Muito mais comuns são os topónimos da família da Encruzilhada, outro lugar tradicional de realização do concelho pois, como lhe explicavam os vizinhos de Loureses ao antropólogo Manuel Mandianes, “a encrucillada é de todos e todo o mundo ten máis liberdade de expresarse” (18).

De nenhuma maneira podemos esquecer, falando dos espaços de reunião e assembleia, o adro, pois como escreveu Castelao no Sempre en Galiza este é “o concello natural de Galiza. Alí xúntanse tódolos veciños na mañán dos domingos para tratar dos seus asuntos, aínda que non vaian á misa. E tamén celebran asambleas extraordinarias –decote convocadas a folpe de campás- para reseolveren asuntos urxentes (19)”. A palavra “adro” vem do latim atrium, com o significado primitivo de primeira sala das casas romanas, a carão da porta principal, passando em galego a ser a antesala do lar simbólico da paróquia: a igreja. Há aldeias inteiras que levam por extensão o nome do Adro, caso de uma da Rodis (Cerzeda), o que dá ideia da sua importância como centro social e político. A própria Igreja, por sua parte, deu nome a muitas aldeias construídas a redor dela. A palabra vem do grego ekklesia, significando primitivamente “assembleia”, e dando antes nome à instituição pública que ao prédio.

Terra

A base material da democracia parroquial era (e é) a posse em mão-comum de recursos naturais como a terra, o monte, os pastos, os rios, os areais ou o gado. Alguns destes comuns têm topónimos óbvios, como o terreno chamado o Comunal –na freguesia de Messia e no linde do concelho homónimo com o de Cessuras- , mas a maioria não são tão claros. Sobre um mesmo topónimo (por exemplo Senra, que para Ferrín (20) pode ter conotações comunitárias) foram-se acumulando, diacrónica e sincronicamente, muitos significados diferentes e difíceis de aclarar sem um dicionário histórico da matéria. Assim por exemplo um topónimo tão frequente como o de Bouça e derivados tem o significado galego comum de “terreno inculto, monte baixo”, detetando Sestay uma recente “evolución semántica a ‘propiedade de monte baixo cerca’” (21); ainda, Martins Estêvez deriva-o do céltico “*BOUDIÃS “ganhadas”, quer dizer, arroteadas” (22), e Camilo José Cela definia-a como “institución de cultivo comunitario propia de León y Galicia “ (23)…

Da comum Agra e derivados do latim clássico ager, “campo”, diz Ferrín que se especializou em galego “se cadra a partir da noción romana de ager publicus, en ‘campo de cultivo de propiedade comunal […] A partir do significado de ‘terra de explotación comunal’, Victoriano Taibo fai uso da expresión agra aberta” (24). Ao igualmente comum topónimo Couto os estudosos galegos costumam dar-lhe um sentido de cercado privado; significativamente os asturianos optam polo sentido comunal do cautum: “posiblemente terrenos también cercados para prohibir el paso a los animales fueron los coutos o cotos “terrenos comunales acotados, vedados al pasto durante ciertas épocas para que crezca mas la hierba” (25). O mesmo autor, Xosé Luis García, diz par ao topónimo a Morteira que nem sempre se refere a augas estancadas ou mortas, preferindo explicá-lo em muitos casos “por la palabra todavía en uso –mortera- con que se alude al terreno de pasto, propiedad comunal, que queda acotado durante determinados periodos del año y al que sólo se puede acceder para disfrute colectivo, previo acuerdo tomado en xunta de vecinos que es quien fija el día de la derrota (derrumpere) o de irrupción de ganados en la mortera” (26). A própria derrota da portiella, como dizem nas Astúrias, invita a pensar se alguma das muitas Portelas galegas não responderá ao seu habitual significado orográfico senão ao político-comunitário da porta do cerco comum.

Cabeza Quiles interpreta o topónimo da Roubada, lugar da freguesia tracense de Morlám, em chave de propriedade privada, sinalando “o nome dunha antiga terra ou finca non comprada nin herdada, senón roubada, segundo o particular criterio duns herdeiros dalgunha partilla, que non quedaron satisfeitos” (27). Porém, também se poderia tratar de um roubo ao comunal –só o estudo histórico concreto o pode aclarar-, que é a hipótese que Sestay escolhe para explicar o microtopónimo viguês das Tomadas, “propiedade de monte que se gañou ao comunal” (28). Desta maneira a toponímia mantém fossilizados antigos conflitos por volta de defesa do comum: nesse as Roubadas poderiam estar ecoando durante séculos a denuncia de uma privatização.

Sim sinala Cabeza Quiles a raíz comunitária do topónimo Suertes, em Candim, nos Ancares, que lembram o sorteio das parcelas em que cada ano se dividia entre as casas a terra comunal, para reunificá-las após a colheita e voltar a sorteá-las. O nosso crego liberal Juan Antonio Posse, ideólogo de uma república galega atlantista, apontou de Llánabes (León) que em 1832 ainda “las tierras son comunes y se reparten por partes iguales y por suerte entre los vecinos” (29). Igualmente as Lotas derivam de “lote” [palabra que nos deixaram os suevos]: “cada unha das partes en que se dividiu unha terra entre varias persoas” (30).

Do topónimo o Franco, que dá nome entre outras a uma aldeia da paróquia de Gândara (Oroso), tão-pouco haveria que desbotar a relação com os francos, “terrenos comunales de las orillas de algunos ríos de Galicia, que están a campo abierto para la circulación y pastoreo libre de los ganados” (31).

Em Anhobre e noutras paróquias a vizinhança cultivava em comum um anaco do monte parroquial para custear com a sua colheita os gestos das festas religiosas (32). As terras dedicadas a estes efeitos podiam receber o nome do santo festejado –símbolo de união de paróquia que, para dizê-lo ao jeito de Gramsci, “não é outra cousa que uma metáfora para indicar o conjunto de homens organizados para a ajuda mútua”-, calhando em microtopónimos do estilo Campo do Santo Antom (33). Nas freguesias da raia seca galego-portuguesa guardavam-se também terrenos comuns para a mantença do boi do povo ou boi do concelho. Reservavam-lhe bons pastos e lameiros de outono, que se fixarom na toponímia como no caso da Veiga do Boi da Gudinha. Estes bois são outra metáfora do comum, e nas freguesias do Norte de Tras-os-Montes têm-lhes formosas cortes que, com os seus sinos –para chamar a concelho, ao trabalho comunal e, à vezeira e às próprias chegas de bois- mesmo semelham igrejinhas pagãs. (34).

Já para rematar, Sestay interpreta o microtopónimo do Enxido, de Lavadores, Vigo, polo significado atual da palabra: “terreo arrimado á casa dedicado a horta e froiteiras” (35), mas o eixido / enxido (do lat. exitu, “saída”) também foi uma instituição comunal, estudada por Bouza-Brey Trillo (36), e que aparece em La Cabeza del bautista de Valle-Inclán. Nesta obra, a taberna de um indiano, contra-espaço público enfrontado à igreja de um crego recalcitrante, dá por uma das portas ao eixido, comunal da aldeia (37).

 

Post Scriptum

Após começar a redigir este artigo o também preso independentista Adriám Mosquera Paços enviou-me uma entrevista em La Voz de Galicia (9/1/2017) a Fernando Cabeza Quiles, investigador fundamental para entender a toponímia galega que citei profusamente neste artigo, que parece apostar pola hipótese contrária à aquí proposta: “resaltan [no seu último livro Galicia, o galego e os galegos] os topónimos que poñen de manifestó o grande amor que os galegos senten pola propiedade privada, que coutaron, delimitaron e valaron dende épocas moi antigas, tal como poñen de manifestó os numerosos topónimos Marco, O Marco, Pedrafita, Parafita, Muro, O Muro, Murada, Muroso, Cerrado, Cerrada, Lindoso (de Limitoso), Lendoiro (de Limitorio), Cancela, Cancelas, Cancelo; nomes de lugar abundantísimos que contrastan coa ausencia case totoal do topónimo Aberta ou Agra Aberta; idea que se continúa coa connotación negativa que ten a frase galega “é como unha agra aberta”, poisa o galego, acérrimo amante e practicante da propiedade privada, aterrorízanlle as fincas abertas aínda que sexan súas” (38).

Creio que muitos dos topónimos com os quais Cabeza Quiles defende a sua teoria se referem, em muitas ocasiões, à estrutura territorial da Galiza (fronteiras antiquíssimas entre as comarcas ou países galegos) antes que as demarcações de propriedades privadas. Um enorme número de mracos, alguns de tempos pré-históricos, continuam a sinalar os lindes entre paróquias, comarcas, e mesmo as antigas sete províncias do Reino da Galiza, sendo lógico que algum destes marcos e pedrafitas dera lugar a topónimos que pouco têm a ver com a propriedade privada. Ainda, a folclorizada conflituosidade galega polos amrcos e a propriedade tem sido na realidade, durante um longo período e até há relativamente pouco, pelejas em defesa do comunal. Pegerto Saavedra dá boa contad estas espetaculares pelejas, com abondosa documentação, durante o Antigo Regime; e outro historiador, J. A. Durán, questionou duramente o mito do país de pequenos proprietários, pois há realmente mui pouco tempo que se acedeu à propriedade da terra (basta com fazer uma investigação domêstica e perguntar na casa).

Por outra parte, o suposto refraneiro popular-anti-comuns é mui questionável, e talvez esteja a ser malinterpretado através do mui difundido ideologema da “tragédia dos comuns” de Gasset Hardin. De facto, estes adágios parecem ir dirigidos antes à propriedade privada demasiado dividida do que ao comunal. Assim, referindo-se a um prédio de Moreiras de grande valor patrimonial que se estava a estragar, Fernández Oxea diz: “mal conservada e abandonada por ser propiedade particular e pertencer ós moitos herdeiros da familia dos Tesouro, co que se cumpre o refrán de “cousa de moitos cómena os lobos”” (39); dito este usado por Cunqueiro em algum relato com idêntico sentido.

Depois de todo somos uma nação da Europa Ocidental que, em pleno século XXI, ainda mantém por volta de 23% da área total do seu territorio sob a lógica do mão-comum, facto que tem que deixar por força uma importante pegada na toponímia. Redescobrer esses nomes de lugar é uma forma de cartografar a Galiza sem e contra o Estado, os alicerces históricos da “via galega ao comunismo”.

Cárcere de Villabona, 17 de abril de 2017, Dia Internacional d@s Pres@s Polític@s.

 

NOTAS

1. Comunicação pessoal.
2. Pegerto Saavedra, La vida cotidiana en la Galicia del Antiguo Régimen, Barcelona, Crítica, 1994, p. 107.
3. Vicente Risco, em: F. Carreras y Candi (dir.), Geografía General del Reino de Galicia, Corunha, 1980, t. 10, p. 236.
4. X. Ferro Couselo, A vida e a fala dos devanceiros, Vigo, Galaxia, 1967, t. 2, p. 25, cit em: Fernando Cabeza Quiles, Toponimia de Galicia, Vigo, Galaxia, 2008, pp. 81-82.
5. J. M. González, “A propósito de “Conceyeru” un topónimo familiar en Valdeviós”, Valdediós, 1961.
6. Xosé Luis García Arias, Pueblos asturianos: El porqué de sus hombres, Ovedo, Ayalga Ed., 1977, pp. 235-236.
7. Ibidem, p. 235.
8. Antonio López Ferreiro, Fueros municipales de Santiago y de su tierra, Madrid, Ediciones Castilla, 1975 [1895], p. 103.
9. Ibidem, p. 103, n. 1.
10. Xosé Neira Vilas, Romaría de historias, Vigo, Galaxia, 2015, p. 143.
11. R. Otero Pedrayo, “Esquemas e lembranzas”, A Nosa Terra, nº 337, 23/6/1934, p. 4.
12. Fernando Cabeza Quiles, Os nomes da terra, Noia, Toxosoutos, 2000, p. 322.
13. Antonio Fraguas, “Prólogo” à ed. facsimilar de: Antonio García Ramos, Arqueología jurídico-consuetudinaria económica…., Consello da Cultura Galega, 1989 [1912].
14. Comunicação pessoal.
15. Cabeza Quiles, 2000, pp. 391-394. Sobre os aquelarres neste lugar: Carmelo Lisón Tolosana, Brujería, estructura social y simbolismo en Galicia, Madrid, Akal, 1983, p. 56.
16. Cabeza Quiles, 2000, p. 105.
17. Luisa Blanco Rodríguez, Estudio de toponimia menor en la parroquia de Santa María de Samieira (Poio-Pontevedra), Ponte Vedra, Diputación Provincial, 1995, p. 144.
18. Manuel Mandianes Castro, Loureses, Vigo, Galaxia, 1984, p. 97.
19. Livro Primeiro, Cap. XXVII.
20. Xosé Luís Méndez Ferrín, Consultorio de Nomes e de Apelidos Galegos, Vigo, Xerais, 2007, p. 324.
21. Iván Martínez Sestay, Toponimia do Val do Fragoso, Vol. 2. Lavadores, Vigo, Universidade de Vigo, 2010, p. 48.
22. Higino Martins Estêvez, As tribos calaicas, San Cugat del Vallés, Edições da Galiza, 2008, p. 154.
23. Camilo José Cela, Mazurca para dos muertos, Barcelona, Seix Barral, 1984, 3ª ed., p. 258, num glossário de termos galegos.
24. Ferrín, 2007, p. 299.
25. García Arias, 1977, p. 288.
26. Ibidem, pp. 288-289.
27. Cabeza Quiles, 2008, pp. 556-557.
28. Sestay, 2008, p. 180.
29. Cit. em: Cabeza Quiles, 2000, pp. 411-412.
30. Sestay, 2008, p. 115.
31. Eladio Rodríguez, Diccionario enciclopédico gallego-castellano, Vigo, Galaxia, 1980, t. 2, p. 376.
32. Fariña Jamardo cit. em: Xosé Ramón Mariño Ferrol, Antropoloxía de Galicia, Vigo, Xerais, 2000, p. 374.
33. Algum exemplo em António Augusto da Rocha Peixoto, “Survivances du regime communautaire en Portugal”, em: Etnografia Portuguesa, Lisboa, Quixote, 1990 [1908], pp. 330-347.
34. José Rodríguez Cruz e António Lorenço Fontes, Mitos, crenzas e costumes da Raia Seca, Vigo, Ir Indo, 2004, pp. 128-129.
35. Sestay, 2008, p. 88.
36. L. Bouza-Brey Trillo, “Derecho consuetudinario gallego. El ejido de lugar acasarado”, Boletín del Colegio de Abogados de Pontevedra, nº 10, 1956.
37. Ramón Mª del Valle-Inclán, La cabeza del bautista, Madrid, Espasa-Calpe, 1999, p. 137 e 147.
38. Fernando Cabeza Quiles entrevistado por Xesús Fraga, “O galego, aínda que ás veces se faga o parvo, non o é en absoluto”, La Voz de Galicia, 9/1/2017, p. 25.
39. Xosé Ramón Fernández Oxea, Santa Marta de Moreiras, Sada, O Castro, 1982, p. 159.

Grazas ás socias e socios editamos un xornal plural

As socias e socios de Praza.gal son esenciais para editarmos cada día un xornal plural. Dende moi pouco a túa achega económica pode axudarnos a soster e ampliar a nosa redacción e, así, a contarmos máis, mellor e sen cancelas.