14N: Há que parar o partido das privatizaçons

Embora na Galiza nom conseguíssemos o objetivo de desalojar Feijoo de Sam Caetano, assistimos a um momento crucial que permita o avanço já nom apenas dumha esquerda nacionalista diferente, se nom dum movimento que tenha no seu epicentro umha maneira diferente de fazer política. Estamos a falar de tender pontes e acompanhar os diferentes coletivos e associaçons que defendem os serviços públicos, sem esquecer a necessidade de construirmos umha nova sociedade com instituiçons comunitárias que nos permitam sobreviver à ofensiva neoliberal que estamos a padecer.

"Assistimos a um momento crucial que permita o avanço já nom apenas dumha esquerda nacionalista diferente, se nom dum movimento que tenha no seu epicentro umha maneira diferente de fazer política"

Ganhar umhas eleiçons nom significa possuir a legitimidade nas ruas. Algo sabem disto PP e PSOE, que venhem de sofrer umha derrota eleitoral flagante nas três províncias bascas, nas quais eram governo graças à Lei de Partidos, e cumha perda importantíssima de votos na Galiza, que desgasta ainda mais os marcos dos dous partidos que reformaram a sacrossanta constituiçom de 1978 para deixar via livre à Troika no conjunto do Estado. À espera do que acontecer nas decisivas eleiçons catalãs deste mes, parece que as tentativas de recentralizaçom e as medidas antisociais de Feijoo coincidem cunha importante crise dos partidos constitucionais.

Assistimos ao maior corte de direitos e liberdades coletivas desde a Transiçom. Estamos num cenário complexo em que existe umha identidade múltipla que nestes momentos sofre as consequências da maior estafa que nunca vimos. Nom afeta apenas os desempregados e os trabalhadores por conta alheia, senóm também os funcionários que veem cortadas prestaçons e salários e o pequeno comércio que se afunde porque a gente nom tem dinheiro para poder comprar. Para a mocidade é também um momento crítico em que se vê como as portas se fecham no próprio país, emquanto o único caminho que a Espanha desenha é o da emigraçom. Esta regressom, como aconteceu noutros momentos recentes da história da Galiza, causa que a reaçom e o conservadorismo se assentem com maior comodidade.

"A vindoura greve geral nom é de trâmite"

É por isto que a vindoura greve geral nom é de trâmite. Num momento de crise política, em que, por umha lei injusta, o partido das privatizaçons perde mais de 100.000 votos e ganha três escanos, em que a sanidade e a educaçom estam em perigo para o conjunto da sociedade e em que a reforma judicial de Gallardón submete as mulheres a um trato indigno enquanto converte os programas televisivos de máxima audiência em autênticos fiscais do Estado merece umha contestaçom maciça nas ruas. E ainda mais num momento em que a criminalizaçom aos movimentos sociais galegos antenta de frente contra a presunçom de inocência.

"As luitas de ontem som os direitos de hoje, da mesma forma que as luitas de hoje som os direitos do amanhã. As conquistas históricas do movimento obreiro e da luita nacional dos últimos 150 anos perigam, pendem dum fío que está a prestes de quebrar"

As luitas de ontem som os direitos de hoje, da mesma forma que as luitas de hoje som os direitos do amanhã. As conquistas históricas do movimento obreiro e da luita nacional dos últimos 150 anos perigam, pendem dum fío que está a prestes de quebrar. De nós depende podermos conservá-las, fundamentalmente nas mobilizaçons e nas ruas da Galiza. A primeira data assinalada em vermelho no calendário é o 14N. Deseguro que nom será a derradeira. Talvez sejá nos piquetes onde encontrarmos essa unidade do nacionalismo de que todos falam e que nom quigeram concretar numha frente ampla para as passadas eleiçons. Se isso se tivesse levado a cabo, quiçais, a história seria outra.

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