"Temos condições para que um governo no PS possa ser viabilizado e possa governar". Quen fala é António Costa, líder do Partido Socialista de Portugal, cada vez máis próximo de ser o próximo primeiro ministro. Os socialistas veñen de pechar o programa de goberno que Bloco de Esquerda e Partido Comunista están dispostos a apoiar como base para desbancar do poder á dereita dirixida por Pedro Passos Coelho (PSD), investido o pasado outubro tras a designación do presidente, Aníbal Cavaco Silva quen, cun duro discurso contra a esquerda, lle encargou ao líder da dereita a formación de goberno malia estar en minoría na Asemblea da República.
Apenas unha semana despois da posta en marcha do novo goberno, socialistas, bloquistas e comunistas teñen xa pechadas as medidas a aplicar e, segundo Costa, só hai "outra dimensão, que falta garantir, que é a estabilidade". "É importante -indicou nunha entrevista coa canle SIC- que haja uma alternativa, mas que ela não se frustre na possibilidade de governar durante uma legislatura" e por iso, ademais do apoio do Bloco de Esquerda e tamén dos Verdes, apela a garantías de estabilidade por parte do PCP, que reúne o seu comité central este domingo.
Neste contexto, pola banda do Bloco de Esquerda indícas que a "consequência imediata" deste acordo "passa pela formação de uma maioria parlamentar que sustente um governo comprometido, ao longo da legislatura, com a mudança maioritariamente reclamada nas urnas". "Pela parte do Bloco -resaltan- as negociações com o PS estão concluídas e estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela proteção do emprego, dos salários e das pensões".
Tras pechar o pacto de goberno, o PS procura ter garantida a estabilidade parlamentaria para toda a lexislatura
O discurso dende a banda comunista tamén é optimista. A través dun comunicado o PCP "salienta a importância de não permitir a continuação em funções do Governo PSD/CDS" e "reafirma o seu propósito" de apoiar a moción de censura contra Passos, que será votada a vindeira semana. "PSD e CDS não estão em condições de, por si só, prosseguirem o rasto de destruição e declínio que a sua política constituiu", di o Partido Comunista, que ve "reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP, assegurar um governo da iniciativa do PS" e asegurar "uma solução duradoura" para ese novo Goberno.
As medidas pactadas
No programa acordado inclúese reverter recortes e suprimir copagamentos ou privatizacións
E, cales serán as medidas a aplicar se o acordo chega a bo porto? Segundo informou este sábado o xornal Público, os acordos pechados polo PS cos seus socios implican 70 medidas orientadas a "inverter a tendência de quebra de rendimentos dos trabalhadores, dos funcionários públicos e dos pensionistas". Así, por exemplo, o pacto contempla repoñer paulatinamente os importes recortados ás pensións, subsidios sociais ou persoal funcionario tras a intervención da troika, e incrementar o salario mínimo. Inclúe, asemade, medidas máis simbólicas como que o Día da Implantação da República Portuguesa, o 5 de outubro, volva ser festivo.
Ademais, revogaranse algunhas das medidas máis controvertidas da reforma laboral da dereita e comprométese unha reforma fiscal con maior "progresividade". No ámbito sanitario, segundo o Público, o pacto contempla unha "avaliação externa independente" dos proxectos de colaboración público-privada, será eliminado o copagamento por acudir ás urxencias e derrogarase a contrarreforma da lei do aborto. Do mesmo xeito, no ámbito dos servizos públicos os partidos da esquerda apostan por reverter varias privatizacións en marcha e ampliar o bono social na factura eléctrica, entre outras medidas.
Comissão Nacional do PS aprovou esta tarde a proposta de Programa do Governo: 163 a favor 7 contra 2 abstenções pic.twitter.com/SFZWsfrBPs
— Partido Socialista (@psocialista) November 7, 2015