Sem dúvida que eu teria o aplauso de muita gente se dixesse que a violência é sempre condenável chegar de onde chegar, exerça-se sob o carimbo que se exercer... o simplismo deste plantejamento tem as louvanças asseguradas, mas a honradez inteletual leva-me a dizer que nom todas as violências som iguais nem se pode um apressar a condenar a violência passando por cima do contexto no que se produz um facto violento.
Estám saindo informaçons ainda derivadas da malheira recebida por umha jovem nazi às portas de um pub em Múrcia. Também em datas relativamente recentes sabiamos dos intentos por deixar na gaveta o caso do assassinato de Jimmy, o membro dos Riazor Blues que faleceu a causa das feridas ocasionadas pola agressom de um grupo de membros da banda fascista e criminosa Frente Atlético. Em ambos casos muita gente próxima à minha faixa ideológica pretendeu praticar umha equidistância impossível.
Por dizê-lo de umha maneira ressomida, há dous fatores que diferenciam a violência dos nazis perante a violência que poidam exercer elementos da esquerda: na violência nazi intervém sempre o ódio ideológico e de classe e é além disso umha violência seletiva e programada. Por certo, nom gosto nada do termo “neonazi”, porque acho que nom se acerta à realidade. “Neonazi” é um termo jornalístico que pretende sugerir a existência de algum tipo de tribo urbana que adopta formas de, adopta simbologia de, mas que nom chega a ser. Falso. Som nazis. Talvez nom se pareçam muito aos nazis de 1929, mas som nazis. Movem-se à volta de organizaçons que nom ocultam esse signo, o seu referente político e ideológico é Adolf Hitler e o seu modelo de estado a Alemanha do III Riech. A isto tudo eu chamo-lhe ser nazi, nom entendo isso de dar-lhes umha outra denominaçom.
Como já dixem, polo geral som os grupos nazis os que realizam caçarias humanas, em zonas freqüentadas por pessoas de esquerda, pessoas sem teito, homossexuais e transexuais, inmigrantes e qualquer outro coletivo dos que eles considerem alvo. Rara vez som grupos de esquerda os que andam na procura de elementos nazis para os espancar. Quando cobra destaque mediático umha notícia como a de Múrcia, a maioria da gente costuma ficar com a parte morbosa do assunto, neste caso umha brutal malheira propinada por “radicais de esquerda” a umha rapariga da que depois se sabe que “está ou estivo vinculada com a extrema direita”, mais tarde sabemos que a sua família leva geraçons vinculada ao aparelho repressivo do estado e que também tem querências ideológicas da ponta destra e a jinja é que o historial desta mulher está cheio de agressons. Bem está saber que além disso, a briga na que resulta espancada foi iniciada por ela, ao ameaçar e agredir a umha outra clienta do pub, e que a gente que aparece depois estava nas proximidades do estabelecimento, entende-se que sediado numha zona de ócio nocturno daquela cidade mediterrânica. Nom é difícil de imaginar que, se tanta gente nom hesitou em acodir em ajuda de umha das partes, é porque era consciente da perigosidade da outra parte.
Há quem pretendeu carimbar a agressom como machista, mas ainda que a “vítima” é umha mulher, a verdade é que nom recebe os golpes por ser mulher. É umha açom de auto-defesa. A habitual vitimária converte-se em vítima porque é identificada, e como conseqüência disso a reaçom desse grupo de pessoas é correr a neutralizar a nazi.
A violência contra os nazis é absolutamente legítima desde que a violência dos nazis fai parte do seu modelo de intervençom política. Acontece que na Galiza a presença destes grupos é itermitente e os problemas que ocasionam som muito localizados no tempo. Mas poderiamos sondear as opinions de quem tenha cerca um local nazi. Falariam-nos de agressons e intimidaçons.
O que nom se pode permitir é o abuso desde grupelhos conetados com o poder, que ao amparo da impunidade pretendem neutralizar a gente incômoda. A contundência na resposta é innegociável. E evidentemente quando um revolucionário se enfrenta a um fascista tem a obriga de ganhar. Se para neutralizar a um fascista temos que ser trinta contra um e polas costas, pois tem que ser assim. Desde logo, se se produz umha auto-defesa, em nengum caso pode ser para presentear-lhe a um elemento nazi a possibilidade de sair airoso do embate.
Dito isto, já sei as críticas que me vam cair, o que acontece é que eu prefero cair antipático do que assomir o papel de vítima. Quando falamos de nazis, nom falamos de qualquer ideologia, falamos “dos escolhidos”...de pessoal que se consagra à luita por um ordem baseado na supremacia. Isso implica eliminar o inimigo.