Nom hai volta atrás. Mentres os especuladores lançam ataques sobre a dévida, e ditam as leis que devem aprovar os parlamentos outrora “soberanos”, os ultracatólicos e neoliberais aproveitam para dar o finiquito a direitos e liberdades, desmontar e privatizar empresas e serviços públicos e mesmo a reformular a estrutura do Estado, ameaçando com reduzir ou eliminar o poder local, autonomias... mas mantendo, isso sim, a santa monarquia, o centralismo asfixiante e os ninhos de caciquismo provinciano das diputaçons. Começarom umha contrarreforma que, nesta nova etapa, tivo o seu pistoletazo de saída na reforma constitucional aprovada numha vergonhenta sessom do parlamento espanhol, onde PP-PSOE entregarom a “soberania” aos mercaderes europeus.
Aproveitando a situaçom socioeconómica que provoca esta Estafa chamada Crise, esta-se produzindo, nos estados ocidentais, umha auténtica revoluçom neoliberal, comandada polas oligarquias financeiras e amplos sectores das burguesias “nacionais”, neoliberais no económico e conservadoras no social.
A grande estafa da especulaçom financeira e inmobiliaria, a sobre produçom industrial, cria no mundo umha crise económica e social que nom deixa ver a profundidade e importância vital das outras crise, a alimentaria, a energética e a medioambiental.
Cumpre que tomemos consciência desta situación mundial e do novo marco político-jurídico onde nos estam encorsetando. E cumpre analisar se é possível volver, cum simples cambio de governos, à situaçom anterior.
Para esta nova etapa, de acumulación do Capital, necesitan o control dos recursos, a guerra e uns povos temerosos e sem dereitos.
Cumpre que tomemos consciência desta situación mundial e do novo marco político-jurídico onde nos estam encorsetando. E cumpre analisar se é possível volver, cum simples cambio de governos, à situaçom anterior. Umha situaçom onde a corrupçom política, a especulaçom bancaria ao redor do cemento, a energia e o asfalto, ficavam num segundo plano, pois a capacidade de consumo insuflada qual bebediço nas maiorias sociais, dava a impressom de coesionar a toda umha sociedade ao redor do lema “consume até o infinito e mais alá, que eu deixo-che os cartos”.
Nom vai ser possível volver atrás, porque as directrices da Troika, do FMI e o BM, obrigariam a manter o caminho de pedras ardentes por onde se nos está obrigando a caminhar. Nom abonda com eleger nas eleiçons aos melhores gestores e gestoras, mesmo se fossem os que cumpriram co critério de maior honradez. O déficit e as arcas baleiras, e o desmantelamento do público, seria a realidade a gestionar. E umha dévida imensa, cos seus correspondentes interesses, estaria colocada na mesa das reunions governamentais. As cadeiras e carteiras estariam agrilhoadas por um pacote legislativo que faria ilegal qualquer medida que tentasse um golpe de leme. Nom som gestores ou gestoras o que precisamos nas instituiçons, precisamos pessoas que liderem o cambio de paradigma, pessoas insubmissas, descridas co sistema capitalista, dispostas à construçom de algo novo. Mesmo dispostas a desconstruir essas mesmas instituiçons e construir outras novas se houver lugar.
Cumpre assumir que temos que abrir-nos a um novo tempo. Estamos numha situaçom onde, ou damos um salto adiante para salvar o precipício, ou nos afundimos nele para umha longa e gris etapa histórica, que have-las hai-nas. Cumpre assumir que temos que ir a um processo constituinte. E cumpre explicar-lho a todo o mundo. Um processo político e social que construa uns novos alicerces onde os materiais nom podem ser outros que os aportados polos movimentos sociais, os movimentos cidadáns e as forças políticas de esquerdas, que sejam quem, para si mesmas, fazer o seu próprio processo constituinte.
É por isso que neste 25 de Julho, com cinco atos diferentes em Compostela, e mais algumhas organizaçons que nom tenhem organizado ato algum, nom devemos quedar-nos na imagem de divisom, fragmentaçom ou sectarismo da esquerda nacional
Hai que construir e assinar um novo acordo. Temos que pensa-lo todo de novo, como queremos viver, como nos imos organizar, quem e como tenhem que ser as pessoas nas que deleguemos funcións de governanza e representatividade. Como organizar a justiça, a economia, as finanças... Como erradicar a pobreza e limitar a riqueza. Como construímos a nova democracia, e como é que o território que habitamos, vai ser respeitado e nos vai poder aturar.
Este processo constituinte está começando a gestar-se em Grecia, Italia, Portugal e nos territórios que conformam o caduco Reino de Espanha. Devera logo, este processo constituinte, de jeito lúcido e duradeiro, devolver a soberania aos povos que a vimos reclamando por séculos, e o dereito a decidir que tipo de alianças concretadas em federaçons, confederaçons, unións, ... hai que construir para começar cum bo pé a nova etapa histórica que nos está aguardando aí, a um salto de precipício.
É por isso que neste 25 de Julho, com cinco atos diferentes em Compostela, e mais algumhas organizaçons que nom tenhem organizado ato algum, nom devemos quedar-nos na imagem de divisom, fragmentaçom ou sectarismo da esquerda nacional. Devemos ver, neste 25 de Julho, a imagem das peças do mosaico que estám chamadas a entender-se, e conformar este novo processo constituinte. Como se coloquem, os cámbios e processos internos que haja que dar, o tempo que precisam, nom deixam de ser simples variáveis, porque os tempos obrigam ao entendimento, à uniom, à colaboraçom e à complementariedade. Todas e todos, a pola constituinte!