Ainda que o fascista vista de Armani...

Ultimamente dous vultos ligados ao PSOE andam a falar muito de Venezuela. Venezuela, esse país caribenho onde segundo alguns nom há democracia, os cárceres estám ateigados de presos políticos, as liberdades nom tenhem nengum tipo de reconhecimento e os direitos humanos som violados todos os dias.

Esses dous vultos ligados ao PSOE som o atual Secretário Geral da que hoje é segunda força do regime espanhol, Pedro Sánchez, e o ex-presidente do governo espanhol Felipe González.

Pedro Sánchez entrevistou-se recentemente com a companheira sentimental de Leopoldo López, um dos líderes opositores na Venezuela, que foi recentemente condenado a prissom polas suas atividades contra o estado venezuelano, que incluim uns graos de violência que lhe valeriam a qualificaçom de terrorista em qualquer lugar do mundo, mas evidentemente contra o chavismo tudo vale; vale inclusso aquilo que para alguns nom valia nem contra Franco.

Segundo o líder dos sociais democratas espanhois, o senhor López é um preso político que deve ser libertado de maneira imediata, e nom apenas isso...para o senhor Sánchez, deve haver já eleiçons livres na Venezuela; será que o Secretário Geral do PSOE nom é demasiado conhecedor da realidade venezuelana e nom se decatou de que na Venezuela já se celebram periodicamente eleiçons presidenciais totalmente livres, para além de eleiçons ao governo dos diferentes estados e concelhos do território venezuelano, além de referendos sobre diferentes questons, por nom falarmos dos referendos revogatórios (deste último tipo já lhe fixerom vários ao Comandante Hugo Chávez) umha modalidade de referend que permite que o povo lhe retire a confiança ao Presidente, obrigando-o a demitir. Será que Pedro Sánchez ignora por completo esse pormenor, ou talvez o supremo chefe dos sociais democratas espanhois terá a infantil esperança de que a força de repetir eleiçons se vaia apagar a incómoda realidade de que a maioria da populaçom na Venezuela apoia a revoluçom bolivariana.

Pedro Sánchez aliciona desde a Espanha a Venezuela e aos venezuelanos, di-lhes qual é o caminho à democracia, quais som os passos que tenhem que dar. O que nom sei é se na Venezuela estarám muito dispostos a assomir a receita do senhor Sánchez, e sobre tudo num ponto: o de libertar a Leopoldo López. Tendo em conta que ele encorajou a militantes e simpatizantes da MUD a destroír sedes do PSUV depois das últimas eleiçons presidenciais...nom creio que o governo venezuelano ache boa ideia tê-lo à solta. Quem tem essas derivas criminais no seu agir político, nem é democrata nem está interessado no jogo democrático. Assim que, contrariamente ao que acha o senhor Sánchez, opino que o lugar de Leopoldo López é entre barrotes.

Felipe González (o senhor X dos GAL) vai mais aló e afirma que Pinochet respeitava mais os direitos humanos do que o Presidente Maduro. Um pouco difícil conceder credibilidade a um indivíduo que montou um grupo terrorista para eliminar fisicamente militantes revolucionários bascos. Bastante complicado tomar a sério que alguém que justificou sem empacho os bombardeamentos ianques sobre a Líbia, o Irám ou o Iraque, ou os bombardeamentos da NATO sobre a Sérbia pretenda pontificar agora sobre direitos humanos.

O que está claro é que democracia nom é o que se persegue precisamente por parte de alguns na Venezuela. Ou isso, ou confesso que já nom sei o quê será democracia. Porque ou ando eu pessimamente documentado, ou o General Pinochet acedeu ao poder trás assassinar ao Presidente eleito Salvador Allende.

Nicolás Maduro pode ser um excelente governante, ou pode ser um péssimo governante, mas umha cousa está clara: está onde está porque ganhou umhas eleiçons. Nom assassinou a quem estava no poder para pôr-se ele na poltrona. Ou eu ando despistadíssimo, ou há miles de chilenos e chilenas que sofrerom tortura, prisom, sequestros...por nom falar dos desaparecimentos. Nom sei se num cenário no que estas práticas fam parte do habitual fica margem para o respeito polos direitos humanos.

Em qualquer caso, se de direitos humanos há que falar na Venezuela, falemos de direito à habitaçom, falemos de direito à educaçom, falemos de direito à sanidade e falemos de direito à alimentaçom. Todo o resto de direitos e liberdades, som papel molhado sem esses quatro direitos básicos. Fagamos umha comparativa entre o estado desses direitos na Venezuela e nos países da contorna. Quiçá algum néscio ache aí a explicaçom de porquê o PSUV ganha eleiçom trás eleiçom.

O PSOE parece muito metido na causa “democrática” venezuelana, o que é curioso é que a sua preocupaçom pola democracia e os direitos humanos nom tem essa itensidade no México, nas Honduras, no Paraguai e outros países latinoamericanos onde o direito à vida nem sequer tem o mais mínimo valor. Nom, o problema é que na Venezuela nom governam os que segundo algum iluminado tinham que governar e que um indivíduo que promove atos terroristas está na cadeia...

Enfim...fascistas e cínicos, submissos à Casa Branca e o Pentágono, a Bruxelas, monárquicos, jacobinos, nacional-católicos e polos vistos especialistas em arranjar-lhe a vida a quem nem lho pede nem deseja a sua ajuda nem a sua presença. O fato de Armani mal cobre ao macaco.

Grazas ás socias e socios editamos un xornal plural

As socias e socios de Praza.gal son esenciais para editarmos cada día un xornal plural. Dende moi pouco a túa achega económica pode axudarnos a soster e ampliar a nosa redacción e, así, a contarmos máis, mellor e sen cancelas.