Causa Galiza, ilegalizada

A proibiçom atinge de cheio qualquer tentativa para reunir-nos , para fazermos qualquera atividade pública ou orgánica  na defesa do nosso ideário político. Sempre fomos pouc@s mas isto fai que seja menos sério este impedimento democrático? Seguramente nom haviamos querer participar nas eleiçons para as Cortes da metrópole, mas se quigermos também nom seria possível. Houve que ficar em casa ou buscar o mais próximo, mas ainda assim caladamente um a um, em silêncio. Só estivemos presentes na Audiencia Nacional em plena campanha para significar que é o único lugar onde podemos falar a gente coma nós ou mesmo a gente que fala com nós.

Ficaríamos ailhad@s e quase inermes se nom tivésemos umha confiança inamovível no nosso povo e o seu futuro. Chama-se DOM POVO. Algum dia, pensamos, esse povo confiará em nós ou noutros coma nós. Mesmo nom pudemos contestar a quem em plena campanha e para desconvencer negou a capacidade de liberar-se por si, ao nosso País. De desconvencer a quem? À militância calada e silenciada de Causa Galiza nom, desde logo! Seremos pouc@s mas somos independentistas e nom nos arrogamos o dereito de negar futuro livre e digno aos nossos três milhons de pessoas. Que fachendosa é a egolatria! Mais também se nom é isto e é que honradamente nom se nos vê futuro nom pudemos discutir, tratar de convencer, de debater, de reconduzir.

Tivemos também que seguir a beijar-nos em privado como nos tempos da Inquisiçom (verdadeiro antepasado da A. N.) e emocionar-nos com o melhor dos bardos, grande ainda que se chame Mini, quando lhes dizia que sempre estivemos aqui, mas nós ailhad@s e rodead@s só dos mecanismos humanos e electrónicos que nos vigiam. E dizemos, sempre estaremos, ou estarám outr@s melhores de seguro. Gente que há querer ser para ter umha sociedade livre, igualitária justa e democrática, para ser célula de universalidade dum mundo novo de paz, solidariedade e respeito. Gente que há querer militar ou nom, em Causa Galiza ou como queira intitular-se. Militar para mudar, para trocar as tornas , para que a naçom tenha razom jurídica e o idioma se libere da desigualdade e do desprezo. Para fazermos mundo desde esta velha naçom, velha, mas útil para falarmos com voz própria no concerto universal desde a nossa República Irmandinha. Gente que há querer honrar aos seus mortos e mortas e nom permitir a ignonímia do esquecemento, seja do bom, seja do mao, seja do que quigermos. Se há ainda umha cousa sagrada no País é isto. Se os inquisidores espanhois nom o entendem é a razom mais clara de nom poderem julgar-nos. Somos país montanhoso e as suas leis som planas e aliás injustas e tremendamente reacionárias.

O dia 24 queria contar convosco, coa vossa diversidade e heterogeneidade. Mulheres e homes da Galiza ou de onde for. Pessoas que condenem a ilegalizaçom de facto, o silêncio imposto e a falha de liberdades. Se nom podedes ou nom queredes vir , nom se passa nada . Seguides a ser necessári@s sempre e também nós nom somos imprescindíveis.

Como nom podemos reunir-nos, isto é o que matinou um só, um só é o delinquente se há delito e um só é o responsável se há desvio do guieiro ou má interpretaçom.

Chove na Terra, molham-se os bois arando, e @s mort@s descansam na nossa mente insubornável.

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