Diz ele:
O tempo de ostracismo foi um inferno danado. Fiquei doente. Nos teatros tinha cinco pessoas. Eu fizera Estudando o Samba em 1976, mas nunca ninguém o ouviu. Mentia aos amigos: “ouça-o; eu abri as pernas!”. Mas jamais me queixei, nem disse: a televisão é a culpável.
Um dia chego á casa chorando e resolvo com a Neusa de esquecer a música e voltar para o Nordeste a trabalhar num posto de gasolina.
Aquela mesma tarde estava ela a ler o jornal e uma notícia punha que o David Byrne viajava para São Paulo a me conhecer.
-É engano!
–Não é! Ele vem por causa de Estudando o samba. Eu sei! Disse ela.
O Byrne passa no seu barco. É o Tom Zé que pede socorro! E a mensagem está ali, na garrafa.
Byrne disse:
-Fui para unha tenda do Rio a buscar discos de Samba e aquele não parecia muito típico. Ouvi-o depois, em Nova York. Tratava-se da música mais moderna do mundo.
Zé é a ousadia, a grande fineza, o risco constante e a absoluta beleza. Por isso há Tom Zés de infinitas possibilidades. A se desenvolver permanentemente.
Mulata sentada na frente da mesa com pandeiro (Di Cavalcanti)
Estudando o Samba. (Tom Zé) https://www.youtube.com/watch?v=hZevnHRcibU&t=958s
Outra Insensatez, Poe! (Tom Zé e David Byrne) https://youtu.be/rTnpFULWAzY
Brazil Classics 4 (Tom Zé). Compiled by David Byrne
Estudando a Bossa (Tom Zé)
Tom Zé, Astronauta Libertado (Documentário de Ígor Iglesias González)
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