Trás a rutura do BNG pola saída do Encontro Irmandiño o passado 11 de fevereiro nom deixam de produzir-se pronunciamentos que desnortam dumha forma constante ao campo nacionalista. Umha das consequências evidentes da falta de madureza política na que vivemos hoje parte de análises pouco reflexivas e que nom calculam os tempos, entregando-se nos braços dum processo que todavia se tem que definir, ou negando-o desde qualquer umha torre de marfil. O que resulta evidente, à margem doutras valorizaçons que virám necessariamente com o tempo, é que estamos num cenário novo, no que as decissom que hoje tomemos marcarám o rumo da esquerda independentista durante os próximos anos.
Se existe um elemento qualitativo essencial a valorizar nestes momentos, e que reconhecem boa parte dos integrantes e ex integrantes do BNG, é precisamente o bom trabalho a nível cultural, social e sindical da esquerda independentista galega. É evidente que este nom pertence a nengumha corrente, mais precisamente por isso estamos perante unha forma horizontal e popular de afrontar o processo de construçom nacional e social. Independentemente do que se decida fazer de cara ao novo marco aberto neste pais, se abandonamos esse processo ou pretendemos subordina-lo a dinámicas exógenas, estaremos a reproduzir a nível micro o que a UPG fai e fará com boa parte do movimento nacionalista de base, que funciona como mera correia de transmissom, subdordinando-se ao que a velha política denomina dinámicas seitoriais a um interesse geral que a base considera em muitas ocassons difuso, e que fai que as luitas perdam músculo ao mesmo tempo que parte da militáncia decide marchar para a casa.
O comunicado publicado pola iniciativa autodeterminista Causa Galiza é incapaz de valorizar os processos de construçom nacional e social nos que andamos submergidos
Dentro desa linha argumentativa encontro que o comunicado publicado três horas depois da assembleia irmandinha pola iniciativa autodeterminista Causa Galiza é incapaz precisamente de valorizar os processos de construçom nacional e social nos que andamos submergidos, onde fai pública a sua desconexom com o movimento real, ao mesmo tempo que se postula como unha comparsa para os novos tempos que correm, criando de entrada importantes desconfianças entre os nacionalistas que hoje deixam a fronte patriótica.
Aumentam as opçons de mudança no campo nacionalista. À espera do que decida o Movemento pola Base na súa Conferência Política do 31 de março, o debate sobre se compre intervir ou nom no processo de gestaçom do novo projeto comum é um elemento que hoje se encontra acima da mesa. De entrada, eu penso que sim deveríamos participar, já que a política de masas é um elemento irrenunciável para qualquer corrente revolucionária. Por outra parte, considero certeira a consideraçom de que som as bases do Encontro Irmandiño e de Máis Galiza as que demandam este novo referente, desde a honestidade e o patriotismo.
De entrada, eu penso que sim deveríamos participar, já que a política de masas é um elemento irrenunciável para qualquer corrente revolucionária
Da mesma maneira que a esquerda independentista nom pode estender um cheque em branco, temos que ter em conta as limitaçons que no futuro teriam as candidaturas soberanistas locais na competiçom polo mesmo espaço eleitoral com duas forças nacionalistas e de esquerdas. Podem existir reticências, mais estas nom se podem diluir na autocomplacência, que nom é outra cousa que um sinónimo de debilidade política. Nom pode acontecer que o facto objetivo da marginalidade política torne em vocaçom de marginalidade, em nom buscar fórmulas de intervençom política para sairmos da marginalidade mentres boa parte do movimento nom é marginal: nom o som os Centros Sociais, nem tampouco os meios de comunicaçom comunitários, nem o trabalho sindical, nem muitas outras iniciativas construídas na última década á margem do BNG.
O novo projeto comum deverá manter umha política radicalmente diferente à que manteve o BNG com plataformas como Galiza non se vende, sem converter a discrepância em dissidência
De existir unha parte do movimento popular que decida manter-se à margem da construçom desta nova organizaçom, o novo projeto comum deverá manter umha política radicalmente diferente à que manteve o BNG com plataformas como Galiza non se vende, sem converter a discrepância em dissidência. Com todo, tam só com tempo e maduraçom poderemos conhecer o resultado final. De decidirmos entrar nele, teremos que fazer algo que vem propugnando o feminismo durante anos: aprender a conviver desde a diferença.