O IPCC reúne-se em Vigo nesta semana

Muitas vozes se têm levantado alertando acerca dos perigos do Cambio Climático. Esta mudança na temperatura global da Terra que é provocada por um aumento da concentração na atmosfera de gases com efeito estufa. Já sabemos que, de jeito natural, a atmosfera terrestre funciona como um eficaz manto que mantivo a temperatura do planeta entre limites estreitos desde há milhares de anos. O problema é que a composição do nosso querido manto protetor está a mudar radicalmente nos últimos anos. Já o Painel Internacional para o estudo do Câmbio Climático tem definido que esta mudança da atmosfera tem uma origem atropogénica desde o ano 2007, pelo que nós como ecologistas não vamos discutir esse pormenor, pois foi apoiado por expertos.

Sabemos por diferentes estudos que as temperaturas medias da Terra aumentaram nos últimos anos, alcançando um record no período entre 2005-2010, segundo fonte da NASA

Em Vigo mais de trezentos destes cientistas, provintes de mais de 50 paises, vão analisar as tendências do clima e das mudanças atmosféricas durante esta semana (do 5 até o 9 de novembro de 2012). Sabemos por diferentes estudos que as temperaturas medias da Terra aumentaram nos últimos anos, alcançando um record no período entre 2005-2010, segundo fonte da NASA. Também sabemos que o teor de CO2 na atmosfera (principal gás com efeito estufa aumenta com um ritmo semelhante ao das temperaturas).

As últimas reuniões de políticos implicados no governo do Planeta foram um fracasso pelo que diz a respeito de tomar qualquer decisão para reduzir as emissões de gazes a atmosfera. A de Copenhaga (2009) trouxe uma grande desilusão ao conjunto da população preocupada com este problema. Porque se tinha posto bastante esperança e porque nada se concluiu nela.

As últimas reuniões de políticos implicados no governo do Planeta foram um fracasso pelo que diz a respeito de tomar qualquer decisão para reduzir as emissões de gazes a atmosfera

O Objetivo desta Conferência em que se reuniram cientistas e políticos  era a conclusão dum acordo juridicamente vinculante sobre o Clima, válido para todo o mundo e que se aplicaria a partir de 2012. Todavia, havia o objetivo de reduzir as emissões de CO2 num 50% para o ano 2050, referidas estas ás de 1990. Nomeadamente para preparar a revisão do acordo de Kioto que acaba em 2012. Nada vinculante foi acordado em Copenhaga. EEUU continua a verter a atmosfera mais CO2 que nenhum outro país, e os países em vias de desenvolvimento aspiram a igualar este malfadado nível.

 

O furacão Sandy

O Càmbio Climático não causou o furacão. Mas si fixo que seus efeitos sejam de um 5% a um 10% mais graves

O furacão que acaba de varrer a costa nordeste americana, com mais de 70 mortos e milhares de dólares em perdas tem muito a ver com o Câmbio Climático e a desestabilização global do sistema atmosférico. O Sandy colou-se na campanha eleitoral para a Casa Branca e com ele a problemática ambiental a que são tão contrários em América. Igual por estas desgraças em própria pele, os EEUU virem em algo as suas políticas de resistência a cuidar do Planeta. O Càmbio Climático não causou o furacão. Mas si fixo que seus efeitos sejam de um 5% a um 10% mais graves. Segundo Kevin Trenberth diretor de Analise Climático do NCAR dos EEUU. 

Num território bastante reduzido como é a Galiza, as mudanças de clima são já bem visíveis: Temos dados de quanto tem diminuído a pluviosidade nos últimos 50 anos

Na Galiza o câmbio climático já está a produzir efeitos nas colheitas, nos incêndios florestais  e nas novas plagas para as culturas de horta e árvores que aparecem trazidas pelas novas condições ambientais. A seca destes últimos anos não tem precedente histórica segundo afirma o Professor Diaz Fierros. Num território bastante reduzido como é a Galiza, as mudanças de clima são já bem visíveis: Temos dados de quanto tem diminuído a pluviosidade nos últimos 50 anos e quanto tem aumentado a temperatura media nesse mesmo período de tempo.

 

O Clima é demasiado importante para que o deixemos em mãos dos políticos

Temos que tomar conta dele com ações concretas que impliquem a população em geral. Nesta horrível crise social econômica e ambiental, que estamos a viver, o esquecimento da Ecologia não é de somenos importância

Hoje estão em Vigo mais de 300 expertos de todo o mundo para avaliar a situação global da nossa atmosfera e do clima que por ela se gera. De inicio já sabemos que, pese a crise, as emissões de gases com efeito estufa continuam a aumentar para fazer a nossa atmosfera mais e mais aquecedora. Vão trabalhar na elaboração do informe que iluminará a próxima reunião de 2014. Vai ser o único encontro deste gênero em Europa que tem por objetivo elaborar pautas para mitigar os efeitos do Câmbio Climático. O documento preparado vai ser dirigido aos governos com valor de orientação e não vinculante. Assusta pensar que uma situação tão crítica não possa ter sobre os governos outro valor que a informação.

O Clima é demasiado importante e transcendente para a vida em geral para que o deixemos em mãos dos políticos. Temos que tomar conta dele com ações concretas que impliquem a população em geral. Nesta horrível crise social econômica e ambiental, que estamos a viver, o esquecimento da Ecologia não é de somenos importância. Durante o boom da construção , desde ADEGA muito temos alertado acerca da loucura coletiva em que nos estavam a meter quem tomava conta dos interesses gerais. Desprezando a perigosa ocupação massiva do território por urbanismos que iam substituindo ao verde, que transformavam as águas limpas em esgotos que matavam toda a vida que se opunha ao seu insensato crescimento. Políticas que viraram as costas ao equilíbrio ecológico necessário para a nossa sobrevivência como País e como cultura foram implementadas gerando um ambiente corrupto que amparou requalificações de terrenos , urbanizações contra toda lei, e que agora toda a cidadania está a pagar.

Em ADEGA estamos a promover uma iniciativa legislativa popular que evite a incineração dos resíduos e favoreça a redução reciclagem e a reutilização do lixo

Tudo isto colaborou com o deterioro da nossa atmosfera que acumula gases poluentes procedentes dum desenvolvimento desrespeitoso com a natureza. Os gazes com efeito estufa procedem da queima dos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, dos incêndios florestais, das lixeiras descontroladas ou da incineração dos lixos. A incapacidade da Terra para os reciclar vem do abatimento massivo das árvores e da substituição dos espaços verdes por cimento  que elimina uma grande parte da fotossíntese que os vegetais faziam. A queima do lixo é um dos mais importantes autores no fenômeno do Câmbio Climático, gerando gazes perigosas para a atmosfera e para a saúde das pessoas. Por isso em ADEGA estamos a promover uma iniciativa legislativa popular que evite a incineração dos resíduos e favoreça a redução reciclagem e a reutilização do lixo.

Não vale a pena lamentar-se, mas sim definir aquelas cousas que não estamos a fazer bem para a Terra e para nós mesmos/as. Apoiamos aos cientistas que em Vigo vão trabalhar para fornecer de dados aos governos para mitigar e corrigir os efeitos do Câmbio Climático.

Grazas ás socias e socios editamos un xornal plural

As socias e socios de Praza.gal son esenciais para editarmos cada día un xornal plural. Dende moi pouco a túa achega económica pode axudarnos a soster e ampliar a nosa redacción e, así, a contarmos máis, mellor e sen cancelas.