O papelinho que deixou Semente nas butacas

“Pensávamos no passado, imaginávamos o futuro. Ficamos tristes, tivemos medo, sentimos raiva, doeu-nos dentro. Protestamos. Fomos para a rua gritar.

Há 3 anos que decidimos deixar de esperar e começar a caminhar sós, sem tutelas e sem pedir licença a ninguém. E hoje somos umha realidade

Reivindicamos, exigimos.

Esperamos.

E nada.

Mais tarde perguntas, gente, ira, um sonho, umha ideia, outro sonho, mais ira, mais ideias, algumha esperança. Vamos!!
E fomos.

Há 3 anos que decidimos deixar de esperar e começar a caminhar sós, sem tutelas e sem pedir licença a ninguém. E hoje somos umha realidade, pequena mas sólida, precária mas cheia de esperança.

Semente Compostela tem escola a funcionar; Semente Vigo tem escola em setembro de 2014; Semente Ferrol anda à procura da sua e nom há demorar a aparecer.

Na Galiza algumhas nom queremos desaparecer; algumhas nom vamos deixar que nos engulam. Algumhas acreditamos na força da organizaçom popular. Apoia-nos. Trabalha connosco

Na Galiza algumhas nom queremos desaparecer; algumhas nom vamos deixar que nos engulam. Algumhas acreditamos na força da organizaçom popular.

Apoia-nos. Trabalha connosco. Constrói tu também o País que queremos para as nossas filhas!”

 

Neste papelinho há pouco mais de 150 palavras. Está asinado pola Semente Compostela mas... essas palavras escreveu-nas umha mai. Umha mai que escreve um texto lindo e poderoso para que a gente que o leia acredite na força da organizaçom popular.

Nós, a muita gente que levamos três anos a trabalhar com a Semente, cremos na energia da organizaçom popular. E cremos nisto nom só porque seja um dos nossos ideais, um dos nossos princípios, um dos nossos horizontes de expetativas... Nom: desde há três anos está a ser a nossa realidade do dia a dia.

Realmente nom é que creamos que a organizaçom popular pode mudar as cousas. Nom, realmente estamos a viver, a constatar, a comprobar que isso é assi.

A Semente obriga-nos a ser persoas sonhadoras e realistas ao mesmo tempo

A Semente obriga-nos a ser persoas sonhadoras e realistas ao mesmo tempo.

A Semente está a fazer que nos comuniquemos, que compartamos, que colaboremos, que nos relacionemo, que criemos, que construamos, que nos enfrontemos coletivamente aos obstáculos, que nom som poucos.

A Semente é a nossa experiéncia mais emocionante de autodeterminaçom: real, sólida, precária, esperançadora e, sobre todo, aberta à participaçom de quem algumha vez creu ou cre hoje em dia que o País que queremos para as nossas crianças, para nós, temos que construí-lo nos, entre muita gente.

A Semente é a nossa experiéncia mais emocionante de autodeterminaçom: real, sólida, precária, esperançadora e, sobre todo, aberta à participaçom

E já que isto funciona graças ao trabalho da gente... a tua participaçom é tam necessária e imprescindível como sempre foi, como sempre deveu de ser, como sempre será.

Contamos contigo. Contamos com nós!

Obrigad+s!

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