Umha conduta catalogada como assédio laboral e escolar é a manipulaçom sexual. Extender rumores ou fazer insinuaçons ou afirmaçons explícitas sobre o comportamento, as intençons ou as preferências sexuais de umha pessoa com a clara intençom de humilhá-la ou degradá-la. Na política, a linguagem da opressom utiliza a manipulaçom sexual às vezes a grande escala, inclusive contra coletivos de pessoas. As últimas em ser alvo desses ataques contra a sua liberdadee dignidade sexual forom as militantes da CUP.
Quando se fixo público que a CUP decidira nom dar o seu apoio a Artur Mas para a investidura como President, twitter ardia com o qualificativo de “puta”, dedicado sobre tudo a quem se considera a voz mais destacada dentro do setor na altura contrário a votar a Mas, Anna Gabriel. Puta neste caso é um qualificativo que vai mais alá de ser a denominaçom vulgar de umha profissional do sexo. Neste caso pretendia assinalar umha pretensa conduta sexual moralmente reprovável. Mais ainda, é frequente que se qualifique de puta a umha mulher malintencionada, retorcida, astuta, traidora, nom de fiar.
Sintomático da misogínia que impera numha sociedade, que se desqualifique a umha mulher e as suas atuaçons públicas atacando a sua identidade sexual. Que o insulto seja “puta”, tem a ver com a escala de valores patriarcocéntrica com a que medimos o sexo e a sexualidade.
Ultimamente também os altofalantes do espanholismo se estám a referir às mulheres das CUP como mulheres carentes de atrativo físico e sensualidade e refractárias às relaçons sexuais; apareceu, creio recordar, por algum lado a palavra “frígidas” e também “malfolladas”.
De novo o machismo e a misogínia operam para manipular sexualmente. Som frígidas e fodem mal, porque nom tenhem o comportamento que o patriarcado lhes pretende impôr como correto. Segue causando rancor e ódio que as mulheres tenham um papel visível em política e mais ira provoca quando o facto de que os seus posicionamentos trunfem se interpom nas aspiraçons de um homem, neste caso Artur Mas. Ainda pior se aceita que rostos femininos representem umha opçom anti-sistémica que refuta o poder masculino, as leis do capital e o dogma imperialista espanhol. É insuportável para os poderosos a insolência de umhas mulheres que abandonam a tarefa de agradar como deve fazê-lo umha mulher e aspiram a fazer política desde umha óptica de esquerda revolucionária.
Parece mentira, mas é verdade. Tiverom que sair à palestra pública a explicar que som pessoas normais, que gostan do sexo, que tenhem tendência sexual, parceiros ou parceiras sexuais, desejo sexual... em poucas palavras: sexualidade.
O que nom é sexualmente sano, entroques, é acreditar-se com direito para julgar a sexualidade de outras pessoas, e, o que resulta claramente reacionário é categorizar a mulheres que fam política com arranjo a patrons sexuais patriarcais e machistas.