Retornando a Gaza

Nesta segunda feira retornei a Gaza. De quando em vez, fago-o. Fazemo-lo. De quando em vez as pessoas solidárias de todo o mundo som palestinianas a retornar a Gaza. Chegamos por mar, depois de umha longa travessia, ou por terra atravessando infames check-points.

O mundo retorna a Gaza, quando nos impacta algumha informaçom relativa a aquelas terras. É difícil que seja notícia aquele jovem detido e torturado sem motivo, aquela mulher violada e espancada por soldados israelís, aquela criança seqüestrada ou morta por efetivos do exército sionista. Quando súbditos europeus som detidos ilegalmente em águas internacionais, entom acorda essa regiom da consciência aletargada.

O mau é que Gaza nom poida ser notícia todos os dias, o bom é que tentativas de entrar nos territórios ocupados como a do Marianne servam para devolver um lugar na atualidade para Palestina e a sua luita

Gaza foi notícia, indiretamente. Notícia subalternamente, polo acontecido a terceiras pessoas. O mau é que Gaza nom poida ser notícia todos os dias, o bom é que tentativas de entrar nos territórios ocupados como a do Marianne servam para devolver um lugar na atualidade para Palestina e a sua luita.

Cumpre nom abandonar Gaza, cumpre caminhar sobre os seus cascalhos e contemplar o alcance da tragédia. Como já escrevim por algum lado, as pessoas que ignoram o sofrimento que Israel infringe sobre a gente palestiniana deveriam imaginar umha combinaçom entre o apartheid sul-africano, o bloqueio a Cuba e os campos de concentraçom nazis. Pode ser que umha cousa assim se aproxime ao inferno que todos os dias se sofre nos territórios ocupados.

Cada acontecimento que chega a noticiar-se com Gaza como pano de fundo é umha chamada de atençom, um recordatório. A infámia está aí, a acontecer. Retornade a Gaza!!!

Nom podemos permitir intercámbios artísticos e culturais, comerciais ou cientistas, com um regime que pratica a limpeza étnica. Deve haver um claro boicote aos produtos de capital israelí

Nom deve haver trégua frente o fascismo e o imperialismo sionistas. Nom podemos permitir intercámbios artísticos e culturais, comerciais ou cientistas, com um regime que pratica a limpeza étnica. Deve haver um claro boicote aos produtos de capital israelí. Há multidom de marcas relacionadas com a indústria alimentar, a química ou a tecnologia populares no nosso mercado que tenhem a ver com Israel. Devemos pressionar aos poderes estatais e locais para que se pronunciem e tomem medidas concretas de pressom para que o genocídio se detenha. Nom deve haver mais silêncio nem mais passividade.

Assinalar também a indignidade das autoridades espanholas e autonómicas perante a abordagem do barco solidário Marianne e a detençom ilegal e com violência da sua tripulaçom. O seu silêncio só pode ser interpretado como de cumplicidade perante as açons terroristas da sanguinária armada israelí. Se som amigos dos fascistas, som fascistas. E como tais devem ser marcados.

Assinalar também a indignidade das autoridades espanholas e autonómicas perante a abordagem do barco solidário Marianne e a detençom ilegal e com violência da sua tripulaçom

E por último, quero reafirmar-me no meu apoio à máxima Bloqueio-Sançons-Desinvestimento. Que as arcas desse estado fascista, terrorista, racista, imperialista nom engordem com cartos gerados na nossa sociedade, com dinheiro público ou privado galego.

Escuitemos a chamada e retornemos a Gaza...

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