Foi uma boa nova termos recebido essa nova encíclica do Papa Francisco.: Laudato si’. Uma encíclica que trata do cuidado da casa comum. Ou seja, da Terra que ocupamos como se nossa própria casa fosse.
Há muito de certo nesta Encíclica. E, ainda, muito de sábio no seu planejamento e objetivos.
Justificado na doutrina católica, o Chefe dos Estados Pontifícios, chama pola nossa atenção para a co- responsabilidade que todos temos no cuidado da Terra e na sua degradação.
Por primeira vez um governante faz uma declaração pública do calibre que acaba de ser feito por este Papa Francisco. Com certeza, outros governantes têm posto em destaque a problemática ambiental que a Terra está a sofrer. Mas, por primeira vez este governante faze um chamado a toda a sua freguesia. Que implica uma grande parte da humanidade.
Concretamente, declaram-se católicos, de obediência da Igreja de Roma, (Segundo a Wikipédia) mais de 1,2 bilhões de católicos no mundo. Destes 55 milhões estão em Itália, 47 em França e 42 em Espanha. Suponhamos que destes, apenas o 10% é de obediência papal. Pois resulta bastante. Esta encíclica é potencialmente um alegato ambiental de grande poder de convocatória.
A “Carta” distribui-se em vários capítulos, principiando pola justificação do ecologismo dentro da doutrina social da Igreja. Analisa a Raiz humana da Crise Ecológica num segundo capítulo. Esta recomendar-lha-ia a Rajoi ou a tantos governantes da direita se eu não tivesse a certeza do seu cinismo perante qualquer crença de tipo espiritual ou que for algo mais aló do se “bandulho”.
É importante ter centrado as causas do desarranjo atual do ambiente da Terra nesta componente antropogena. Porque isso implica que pode ser corrigida, modificando os comportamentos humanos. Também é importante o conceito de co-responsabilidade que é tratado em toda a carta, porque isso nós obriga, alomenos moralmente, a agir com mais responsabilidade pelo bem comum. O Comum é um conceito bem manejado em todo o documento:
Por exemplo. “O Clima como bem comum,” ou a “casa comum”, tantas vezes citada nesta obra.
Os grandes problemas e a sua transcendência global: “A mudança climática é um problema global de graves conseqüências ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas... Muitos pobres moram em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento... dependem das reservas naturais, agricultura, pesca recursos florestais...... Muitos, que têm mais recursos e poder econômico parecem concentrar-se em ocultar os problemas e os sintomas...Mas, muitos destes sintomas poderão ser piores de continuarmos com os atuais modelos de produção e de consumo.
O bem comum como água, biodiversidade, ou a falta de equidade no acesso aos bens do Planeta, são vistos desde uma óptica compatível com a visão da ecologia:
“Outros indicadores da situação atual têm a ver com o esgotamento dos recursos naturais....Já se têm ultrapassado os limites máximos de exploração do Planeta sem que resolvêssemos o problema da pobreza.. A água potável limpa é de primeira importância, mas agora , em muitos lugares a procura supera a oferta sustentável.” Pobreza de água social, da-se em África... A distribuição é irregular e favorece aos mais ricos do Planeta.
Pareceu-me de especial interesse o tratamento que se dá ao problema do lixo e dos resíduos, em geral, denunciando a poluição, “o lixo e a “cultura do descarte” como uma das causas graves da atual situação ambiental de desequilíbrio global.
O Papa Francisco advoga por uma ecologia integral, polo principio do bem comum, pola justiça inter - geração e polo dialogo e transparência nos processos decisórios.
Ainda faz um apelo á educação para a aliança entre a humanidade e o ambiente.
Bem. Tudo o exposto concorda com a teoria ecologista, feito no quadro da teoria geral de sistemas e da ética biocêntrica sincrônica e diacrônica. Todos os fundamentos epistemológicos da Educação Ambiental estão cá, nesta carta. Junto com o desenvolvimento sustentável que é a teoria econômica que deveria reger a política global.
Parece-me bem. Dado a capacidade de incidência que este Chefe de Estado pode ter a nível mundial. E, ainda, porque representa uma grande novidade aparecer exprimida claramente esta preocupação que ficava, até agora em bocas e atos de grupos ecologistas e contados grupos políticos.
Agora eu proponho-lhe ao Papa de Roma, que tome a iniciativa e comece pola própria casa:
1º, Pode construir uma central de compostagem no Vaticano. Pode começar por compostar os refugalhos das cortas dos seus jardins. Isso dá um compost de muito boa qualidade. Logo a seguir a compostagem caseira. Em ADEGA há elementos muito expertos neste tema que poderiam ajudar.
2º Fazer uma auditoria energética dos Estados Vaticanos. Com certeza vai poder aforrar muito e reduzir a contaminação polo consumo de luz, aquecimento e ar condicionado.
3ª Tentar de se servir de energias alternativas, como placas solares térmicas e fotovoltaicas. Ou ventoinhas.Com o sol que faz em Roma , seguro que obtém bastante energia. E, como ele não se tem de preocupar com impostos injustos como os que nos querem por em Espanha, polo uso privado do sol para obtenção de energia ( veja-se a nova normativa em matéria de produção energética que acaba de sacar o Partido Popular que grava o sol com impostos, a toda luz-sic- injustos) , Digo que ele o tem mais doado.
4º, Que limite ou proíba o uso de plásticos no seu estado e, nomeadamente, sacas deste material que inundam os contentores de lixo, os rios e os mares. E, ainda os nossos corpos e os dos animais que comemos.
5º Que utilize detergentes e xabrons ecológicos que nom poluam as águas( Também os há. Eu utilizo e sou menos rica que ele)
6º Que se alimente com produtos de agricultura ecológica, de temporada e proximidade para reduzir a carga de carbono que têm todos os que vêm de longe e fora de tempo.
7º e outros. Deixo a vossa liberdade e nova achega.
Com estas medidas contribuir irá a reduzir o aquecimento global, o consumo da sua casa e da sua bolsa.
Ainda, não quero acabar sem dar os meus parabéns a este Papa Francisco, e desejar que o seu exemplo se estenda polo Planeta. Só assim teremos hipótese de conjurar esta crise ambiental, humana, política, econômica e de princípios éticos que nos assolaga.