Desde Galiza sabemos bastante de Energia. Nomeadamente de produzirmos energia. A maior parte da Energia que produzimos vai para fornecer a insaciável necessidade de outras partes da Espanha, mas não fica cá onde é produzida. As linhas de Alta tensão que cobrem o nosso céu são todas de saída (Vide Rede Elétrica Nacional) nenhuma é de entrada. A energia que se produz cá procede dos nossos rios, dos nossos montes “inzados” de ventoinhas e, agora, de inúmeras “granjas ou hortos solares” que começam a aparecer por toda parte. Mas na Galiza estamos totalmente impedid@as de sermos auto-suficiêntes.Por exemplo: ao pé de qualquer parque eólico uma exploração gandeira não tem a força elétrica bastante para garantir a eficácia na sua gestão.
ADEGA tem denunciado esta situação muitas vezes. Nomeadamente o abuso que se tem feito do nosso Patrimônio Natural para ser sacrificado a produzir energia.
Agora ameaçam com fazer mais três centrais hidroelétricas na Ribeia Sacra, no rio Loio. Os nossos rios estão ao máximo da sua capacidade de produção de energia, e já foram sacrificadas para isso as melhores terras de lavor como no vale de Castrelo de Minho, no de Portomarim, e muitos outros lugares. O Governo Fraga deu em prenda case de graça muitos montes para as grandes companhias elétricas, que foram usurpados aos vizinhos sem que as populações locais obtivessem qualquer beneficio por isso.
O abandono das aldeias mostra como as políticas da “Xunta de Galiza” foram encaminhadas sempre para esse objetivo desfavorecendo, sistematicamente, aos seus habitantes. Agora, o Governo de Feijoo, quer mudar a lei de Montes para ter ainda mais fácil o acesso a pose dos últimos latifúndios da Galiza: Os Montes Vizinhais de Mão Comum. Para poder instalar neles mais campos eólicos, incineradoras de lixo ou mineiras a céu aberto. A propriedade destes campos nunca vai ser dos vizinhos que os usufruíram durante séculos. Vai ser das grades companhias multinacionais que têm o seu centro de poder e decisão longe da nossa terra, mas que já selaram o seu pato com o Presidente da Junta no mesmo dia da sua eleição (vide a fotografia do Sr Feijoo e do presidente de Iberdrola na Praça do Obradoiro). A maquinaria de usurpação já estava em marcha desde aquele dia.
A declaração da UNESCO tem como alicerce: impulsionar os serviços energéticos para tod@s,o acesso à disponibilidade e eficiência energética a sustentabilidade e o uso das fontes da energia para o desenvolvimento sustentável. Sabendo que o sistema de energia é o principal responsável das mudanças climáticas representando mais do 60% da produção dos gases de efeito estufa, compre agir pronto e bem neste campo.
Mas a declaração da UNESCO, que apoiamos, indica entre as suas metas, o fornecimento universal e igualitário da energia para a humanidade sempre que cumprir certas condições como
- Que seja compatível com a preservação da integridade dos sistemas naturais
- Que estenda os serviços á generalidade da população
- Que reduza os riscos á estabilidade devidos a uma crescente competição pelo domínio das fontes de energia.
Também são metas deste ano da Energia, Reduzir em 40% a intensidade energética global e incrementar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo. As energias renováveis combatem a contaminação atmosférica causa da rápida mudança climática, mas a UNESCO indica como um dos seus objetivos o controle e administração por parte da comunidade, dos recursos locais de energia para evitar criar novas dependências e di textualmente: