Despertar com a notícia horrível do ultimatum duma mulher a outra mulher, a uma mãe que está a viver um drama atroz, que teme pela vida dos seus filhos e só luta para que não lhes aconteça nenhum mal.
A pesar de que o homem foi condenado por maltrato e que há precedentes de progenitores que assassinaram aos filhos com a intenção de fazer-lhes dano às suas ex, ainda assim, as leis seguem a ser arcaicas e não contemplam as situações e pessoas pelo miúdo e os casos concretos nos que existe violência de género são ignorados.
O poder judicial por desgraça segue a ser machista e semelha que nesta altura, juridicamente segue a ser impossível interpor um recurso de amparo, ainda que a vida dumas crianças possa estar em perigo. Eu considero que teria que haver mais opções, outras alternativas menos arriscadas, mas assombrosamente “A justiça” insiste em levar a cabo uma sentença demolidora. E o faz com plena consciência dos feitos. Com aleivosia, precipitando talvez a umas vítimas ao cadafalso de execução.
Com grande espanto escutamos nos Meios a sentencia da iminente entrega das crianças ao maltratador. Resulta inaudito a total carência de empatia para com uma mãe, que unicamente pretende ter aos seus filhos a salvo do terror. Mas o direito o que faz é condenar, investigar à mulher e achegados. Mas ao pai não. Porque não o investigam? Qual é a razão da sua inescrutabilidade? Como podem ter a certeza, saber, ter a seguridade de que não lhes fará mal aos filhos?. Realmente podem acreditar a inocência desse senhor?.
A consternação é enorme, respira-se uma impotência generalizada e a possibilidade de agressão permanece de cotio nos arredores. As leis patriarcais seguem ditando sentencias e como esta situação não mude: estamos bem aviados!.
E a mim ante semelhante ausência de justiça surdem-me infinidade de interrogantes sem resposta:
E se finalmente, os meninos são entregados ao pai e acontece o pior dos nossos presságios. Qual deveria ser a reação dum povo frustrado, ignorado, emudecido? Quiçá, ademais dum criminal executor, seria também apropriado sentar no banquinho de acusados aos magistrados causantes, por cúmplices e instigadores do delito?...
Mas não existe nenhuma pessoa ou entidade que tenha em consideração os direitos e o ótimo estado psicológico da infância?
Entrementes a igualdade de género é um papel molhado, inabilitado, uma pantomima. O conto adequado para calmar às massas de vítimas que morrem, que morremos nas ruas anelando um auxílio que não chega.