A falta de análise no próprio país sobre a irrupçom de AGE contrastou com as numerosas valoraçons existentes sobre este fenómeno genuíno do nosso país, elaboradas desde diversas latitudes e por diferentes formulaçons de esquerda doutros lugares do mundo. Mas parece que na Galiza nom chegamos a valorizar suficientemente este facto, já que em poucos meses o caráter magmático e reivindicativo do há que pará-los encontrou nas lógicas intestinas um elemento de desgaste.
Durante todo este tempo os grandes grupos de comunicaçom levárom à cena um teatrelho para amplificar discrepáncias intestinas
A fórmula AGE mantém o apoio social apesar de os agentes políticos que a componhem nom promoverem novos marcos de trabalho nestes dous anos para afortalá-la e desenvolvê-la para além dos estreitos limites da atividade do Grupo Parlamentar. Foi o freio de umha dinámica incipiente que sofreu um processo de desaceleraçom brutal até a formulaçom da aposta para Europa que acabamos de conhecer nestes dias. Por outra parte, durante todo este tempo os grandes grupos de comunicaçom levárom à cena um teatrelho para amplificar discrepáncias intestinas, contando com aliados inesperados que pretendiam assim condicionar os processos de deliberaçom internos. A crise de credibilidade nom afeta só os partidos políticos ou as estruturas sindicais, atravessa a cada vez mais estes meios, vistos por parte da cidadania como altifalantes dos interesses oligárquicos, o que fijo que esta operaçom de desgaste nom tivesse os resultados esperados.
Entendermos a frente ampla como um processo de soma no que sempre existem contingentes que nom se identificam totalmente com as partes fai que as organizaçons tenham que abrir canais de participaçom que hoje ainda nom existem
Nom podemos entender AGE como umha foto fixa de duas organizaçons políticas, tampouco como um dispositivo para poder negociar umha hipotética recomposiçom do campo nacionalista desde umha posiçom de força. Entendermos a frente ampla como um processo de soma no que sempre existem contingentes que nom se identificam totalmente com as partes fai que as organizaçons tenham que abrir canais de participaçom que hoje ainda nom existem, espaços de participaçom direta nos que iniciar umha dinámica de empoderamento por baixo que nom seja condicionada mediante acordos de direçons e que tenha em conta as demandas do povo trabalhador galego.
A nossa leitura consiste em defender a construçom de um sujeito político próprio que atinja alianças e acordos com outros sujeitos políticos do nosso contexto, principalmente com os do resto do Estado com os que compartilhamos inimigo comum
O nascimento de ANOVA supom a cristalizaçom de umha nova leitura do nacionalismo que, queiram ou nom, conviverá neste país com a que foi hegemónica nas últimas décadas. A nossa leitura consiste em defender a construçom de um sujeito político próprio que atinja alianças e acordos com outros sujeitos políticos do nosso contexto, principalmente com os do resto do Estado com os que compartilhamos inimigo comum. Som duas leituras diferentes mas nós, a diferença doutros, nom pretendemos que todo o nacionalismo seja o nosso, porque realmente essa casa comum de que tanto falam nunca foi tal e aí estám as hemerotecas e os livros de história para quem quiger comprová-lo. Nom podemos entender como umha aposta como a nossa, que coneta com a tradiçom da esquerda nacionalista nas saídas formuladas polo Conselho de Forças Políticas Galegas e as próprias Bases Constitucionais na anterior mudança de regime, tenha que ser subordinada à lógica de um espaço do que teoricamente alguns queriam fugir por considerarem que a sua regeneraçom nom era possível.
Que Lídia Senra defenda @s de abaixo nesta nova internacional dos oprimidos, junto com figuras relevantes da esquerda ruturista europeia como Alexis Tsipras, é um catalisador formidável para o nosso próprio processo de acumulaçom de forças
Se o importante é que a nossa aposta politica esteja conetada com as demandas das classes populares, ANOVA nestes momentos nom vive nengumha encruzilhada. Se polo contrário o prioritário é medir forças em processos intestinos e esterilizantes -em que nom se assumem os debates políticos de fundo-, daquela sim temos um problema. Seguramente nom podemos dissociar estes dous cenários, mas desde logo a nível social nom contam com a mesma releváncia. Tem que ser umha prioridade estabelecer umha folha de rota nitidamente soberanista e independentista, e essa parte é essencial se quigermos que os nossos instrumentos cumpram os seus objetivos, embora as formulaçons dalguns parecem levar-nos a ser o derradeiro refúgio do autonomismo na nossa pátria. Que Lídia Senra defenda @s de abaixo nesta nova internacional dos oprimidos, junto com figuras relevantes da esquerda ruturista europeia como Alexis Tsipras, é um catalisador formidável para o nosso próprio processo de acumulaçom de forças.