Caminho ao ponto de nom retorno

O projeto nacional galego ácha-se em estado crítico. Todo aponta a que o narcopresidente renovará a maioria absoluta em Sam Caetano. Inexoravelmente, caminhamos para um ponto de nom retorno onde a nossa existência como povo trabalhador será inviável. É umha evidência para qualquer pessoa constatar a péssima saúde da nossa identidade nacional e o grande sucesso da planificada assimilaçom cultural a que nos submeteu Espanha e a UE.

Som muitos os indicadores da degradaçom do povo galego. Para começar, o nosso idioma, principal traço identitário e cultural, é de uso minoritário e practicamente residual entre as mais novas faixas etárias urbanas. Nas grandes cidades é quase impossível comunicar-se na língua da Galiza. A este passo, a comunidade lingüística galega pode chegar a desaparecer. Com a desapariçom do idioma e com ele a cultura, fugiria qualquer possibilidade de ganhar consciência colectiva que permita avançar na construçom nacional da Galiza.

Porém, a língua nom é o único indicador da aniquilaçom do nosso povo. O extermínio dos sectores agro-gandeiros e pesqueiros impossibilita a nossa soberania alimentar. Isto, somado à turistificaçom, ao péssimo estado da nossa indústria eléctrica e à ruim conexom das infraestruturas viárias (entre muitas outras), ilustra à perfeiçom a opressom nacional e social que sofre o povo galego.

Como dixem previamente, caminhamos cara ao extermínio da Galiza como povo. Apresentam-se diante de nós tempos de furiosas agressons por parte das classes dominantes e das potências capitalistas. Dos motivos expostos, da vontade por parte do Governo Espanhol de aniquilar a Galiza como povo, podemos reafirmar a necessidade histórica de revitalizar a luita polos nossos direitos colectivos. No nosso país, teremos que escolher entre derrubar o capitalismo e construir umha nova sociedade socialista ou condenar-nos a seguir aprofundando na miséria, precariedade e caos. É nesta disjuntiva onde se fai imprescindível a aplicaçom prática dos direitos colectivos que como povo trabalhador nos assistem. Noutras palavras: conquistarmos a nossa independência nacional e estabelecer um estado socialista.

Nom obstante, ainda que se avizinham tempos difíceis e o caminho é longo e está cheio de dificuldades, há esperança. Mentras haja vontade de luita haverá esperança de vencer. Temos ante nós um enorme repto que cumprir, mediante pedagogia política de massas, transmitirmos argumentos, empregando criatividade e combatividade para lograr que essa esperança se transforme em realidade.

É hora de agirmos com audácia e coragem. Perante os salários de miséria, os despejos, a emigraçom, a pobreza, o reforçamento do patriarcado, a assimilaçom lingüística e cultural etc. É necessário vertebrar um amplo e plural pólo patriótico rupturista sem exclusons, com vocaçom integradora, que sem timoratismos nem complexos, armado do programa avançado que reclamam amplos setores das massas, leve a iniciativa, ocupe as ruas e faga frente a esta manobra do espúrio e corrupto regime espanhol. A trajetória do nosso movimento, tal como nos indica a história obreira, tem constatado que a luita é o único caminho.

Independência e pátria socialista!

Denantes mortos que escravos!

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