Palestina livre, causa obrigada

Para que conceitos como paz, justiça ou direitos humanos nom perdam o seu sentido, estamos obrigados a nos mobilizar pola Palestina livre. Se nom for possível fazer umha mobilizaçom ou ato de protesto antes, desde logo que no Vinte e cinco de Julho deve haver um recordo especial para essa terra e essa gente.

Palestina tem que ser livre, tem que deixar de ser notícia porque os seus filhos e filhas se auto-inmolam nos postos fronteirizos ante os soldados israelís, tem que deixar de ser notícia porque crianças morrem sob fogo invasor

Palestina tem que ser livre, tem que deixar de ser notícia porque os seus filhos e filhas se auto-inmolam nos postos fronteirizos ante os soldados israelís, tem que deixar de ser notícia porque crianças morrem sob fogo invasor, tem que deixar de ser notícia porque o governo do estado sionista ergue mais um assentamento judeu em território palestiniano.

A liberdade para o povo palestiniano começa por ter estado próprio e reconhecido nos foros internacionais. Sem que ninguém mais do que o próprio povo palestiniano poida dizer nada nem intervir quando esse povo escolha quem o representa e quem o governa. Sobram juízos de valor sobre se tal organizaçom política é mais reacionária ou mais revolucionária, sobre se som terroristas, sobre se som radicais ou moderados...isso todo sobra.

Nom pode haver pretextos para continuar com a guerra sustentada de extermínio que está a transcorrer contra o povo palestiniano. Nom pode haver argumentos para negar-lhe a um povo o seu direito a existir, a conservar a sua territorialidade e organizar a sua sociedade, a sua economia e as suas instituçons. Tenhem que deter-se as incursons militares nos territórios ocupados, tem que cessar o bloqueio das fronteiras dos territórios palestinianos com os estados vizinhos, tem que acabar o atranco ao passo de pessoas e mercadorias por essas fronteiras e debe finalizar a política de expansom israelí fomentando assentamentos judeus em terra palestiniana.

Temos direito a intervir na casa do vizinho em base ao bem ou o mal que nos parecer como se organiza ou como age? Temos direito a negar-lhe a sua soberania?

O “terrorismo” ou o pretenso fundamentalismo religioso do adversário som apenas preconceitos que nas maos da propaganda pró-israelí se tornam em armas em favor do racismo sionista . Quê direito tem nengum estado ou a comunidade internacional inteira a negar-lhe a autodeterminaçom a um povo em base a tais juízos de valor? Temos direito a intervir na casa do vizinho em base ao bem ou o mal que nos parecer como se organiza ou como age? Temos direito a negar-lhe a sua soberania?

A raíz real do que acontece em Gaza a estas horas, nom é o seqüestro de uns estudantes israelís e o seu posterior assassinato; a raíz do que está a acontecer é que o estado de Israel quer aniquilar o povo palestiniano

Há que deixar de reproduzir o relato que acompanha a todas as agressons contra a Palestina. A raíz real do que acontece em Gaza a estas horas, nom é o seqüestro de uns estudantes israelís e o seu posterior assassinato; a raíz do que está a acontecer é que o estado de Israel quer aniquilar o povo palestiniano. As açons de auto-defesa das organizaçons patrióticas palestinianas, retroalimentam o relato da “democracia israelí ameaçada polos fanáticos”. A realidade é que o povo palestiniano deseja a sua autodeterminaçom sem distinçom de credos religiosos e sem distinçom de ideologias. É um povo que desde a sua pluralidade clama pola independência da pátria palestiniana, e nom há mais. O resto som parcialidades elevadas a verdades absolutas, retalhos de realidade furtados de contexto para relêr as cousas segundo interesse próprio.

A única verdade é que umha de duas: ou há um só estado, onde indivíduos árabes e judeus sejam iguais de pleno direito ou há dous estados; o atual estado de Israel e o estado palestiniano...o resto, som manobras de distraçom. A soluçom mais realista seria a segunda. Se essa soluçom se implementar, deveriamos entender que só o povo palestiniano deve decidir que forma de estado quer. Estado aconfissional? República islámica? Socialismo ou capitalismo? Som decisons que só ao povo palestiniano correspondem...

A única verdade é que umha de duas: ou há um só estado, onde indivíduos árabes e judeus sejam iguais de pleno direito ou há dous estados; o atual estado de Israel e o estado palestiniano... o resto, som manobras de distraçom

A democracia, a justiça, os direitos humanos, consistem nisso...de facto, como mínimo, consistem nisso: no desenvolvimento pacífico de umha sociedade sem a constante ameaça das repressálias externas, em poder estabelecer as suas normas de convivência sem nengum condicionante, em poder desenvolver a sua economia e as suas instituçons sem nengumha intervençom alheia. Injusta é a fame que gera o bloqueio aos territórios palestinianos, injustas som as humilhaçons aos membros da classe trabalhadora que se desloca fora dos territórios a trabalhar passando polos postos fronteirizos, injusto é que gente morra por doenças e problemas de saúde facilmente solucionáveis por falta de tecnologia médica e medicamentos que nom podem passar as fronteiras ou por retençons arbitrárias às ambuláncias...isso todo fai parte da guerra de extermínio na mesma medida que os bombardeamentos.

Esta é umha questom de justiça e dignidade, o mundo nom pode permanecer cúmplice a este extermínio a plena luz do dia, e retransmitido práticamente ao vivo. O caso de Palestina é umha vergonha mundial.

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