Putos fascistas

Estamos a ver nascer novamente a putos fascistas em toda a Europa, dentro de uma corrente mundial de neo-tradicionalismo e anti-globalização. Putos fascistas que crescem com o seu discurso anti-migração, puramente xenófobo e que vivem dentro dos parâmetros da sua suposta supremacia cultural. E de pequenos e miúdos fascistas que são passam a ser tendência, a marcar agenda política e a chegar com o seu discurso de ódio a grandes partes da população e inclusive a governar as nossas sociedades.

Desde o ascenso de Putin numa Rússia que colheu os velhos valores da ultra-ortodoxia como o fundamento das suas políticas, ficou marcado um novo caminho para a aparição de um novo eixo mundial Pequim-Moscovo-Irão sobre o que vamos avançando num mundo mais e mais anti-democrático e mais e mais anti-liberal. E passa o mundo a estar cheio de putos fascistas por onde você quer que andar a mexer. E de miúdos passam a ser hegemónicos, a governarem os EUA onde chegaram com o discurso do mais racista, ultra-nacionalista e supremacista, um discurso que fez normal o até agora anómalo e que tira para fora do novo consenso a qualquer um que não some a essa grande corrente que quer um muro com o México.

Pequenos e desprezáveis novos fascistas, miúdos furiosos, com nada mais que um novo sentimento de ódio a percorrer o seu discurso político. O nova ordem geopolítica traz consigo um novo discurso político hegemónico: as posturas sexistas, o racismo, o ultra-conservadorismo é hoje o mais “mainstream” na política global, novos lideres políticos achegam-se a este discurso e marcam uma agenda “iliberal” claramente homófoba, de neo-conservadorismo, autoritária e ultra-nacionalista e excludente.

Lembram-me a esses sete inimigos da Espanha, que como os sete pecados capitais, eram ensinados nas escolas franquistas: o liberalismo, a democracia, os judaísmo, o maçonismo, o capitalismo, o marxismo e o separatismo. A “nova política” finalmente joga ao mesmo jogo perigoso que jogaram os fascismos que invadiram Europa de morte e destruição com seu discurso supremacista e xenófobo.

Cá também temos essa nova onda que está a achegar as nossas sociedades cara o fascismo. Cá como naquele filme alemã, “Die Welle” o experimento está finalmente a chegar à realidade, e tanto o Partido Popular, que segue a ter a Viktor Orban no seu grupo político no parlamento europeu, como os de C's com o seu fingimento de ser “snobs” e a sua beligerância contra do que não é como ele; quer dizer isto profundamente ultra-nacionalista espanhol excludente; pretendem ambos liderar desde a ultra-direita a oposição e resolver, tanto as tensões sociais, como as territoriais, por esta via.

O pequeno fascismo, saiu do seu extremo, a Le Pen, o Orban, na Áustria, na Alemanha, na Holanda, na Suécia e por toda Europa toma força. Nós como democratas não podemos dar voz a este discurso, como democratas temos que defender a dignidade das pessoas, temos que defender os direitos políticos e sociais das nossas democracias avançadas ocidentais, como democratas temos que defrontar essas imposturas.

É por isso que esta claro que ao fascismo o único que se lhe pode fazer e derruba-lo. Nisto temos que te-lo claro, temos que derruba-lo e derruba-lo e derruba-lo as vezes que for preciso. Derrubar o monumento ao fascismo que é o “Valle de los caídos” é, para além de uma obriga de qualquer democrata, um passo mais no travão ao novo avanço destes desprezáveis ideias. Hoje são putos fascistas, amanhã “grandes e amados” lideres autoritários.

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