Houve e há muitos galegos que decidiram dedicar a sua vida à língua e à cultura de seu país. Muitas delas não tiveram o reconhecimento que mereciam por seu trabalho, sendo as escolhas alternativas de norma ortográfica um dos motivos mais evidentes de exclusão. O lexicógrafo e professor Isaac Alonso Estraviz é uma dessas pessoas que deram muito, mas cuja trajetória não tivera a divulgação adequada. A fim de que o seu "perfil humano e profissional" deixasse de ser "privativo de quem tivemos o privilégio de o acompanhar de perto nos últimos trinta anos" o também professor Bernardo Penabade realizoulhe várias entrevistas que recolhe o livro Conversas com Isaac Alonso Estraviz, recém lançado pela Através. Aproveitando esta publicação, o protagonista desta obra responde, -por e-mail-, às perguntas que lhe formulou Praza.
Um livro que percorre tantos anos de uma vida não se faz em dois dias. Como foi o processo, como foram as conversas com Bernardo?
Tiveram lugar em 2005. Naquela altura Bernardo era presidente da AGAL e eu secretário. Decidiu fazer-me umas entrevistas. Escolheu umas etapas da minha vida e elaborou umas perguntas que depois nalguns momentos iria mudando. Pegou numa gravadora e ia-me fazendo as perguntas e gravando o que eu lhe dizia. Foram bastantes horas. Terminou o grosso do trabalho no verão desse ano na sua casa de Burela. Segundo ele perguntava eu respondia sem prévia preparação. Como nalgumas respostas não estava seguro, andando o tempo foram esclarecidas e ampliadas. O de não serem publicadas naquele momento foi por sermos presidente e secretário e não querer fazer uso de essa prerrogativa. Também porque dissentíamos na ortografia a empregar. Passou o tempo, concretaram-se melhor algumas respostas e o ano passado decidiu-se levar para a frente o trabalho. Como o responsável do trabalho era ele eu esqueci-me da ortografia a empregar. Até ao último momento o texto estava redigido em norma AGAL. Quem decidiu que fosse no Acordo Ortográfico foi Bernardo.
Uma das primeiras coisas que pode pensar o leitor é que tem você sorte. Viveu na Alemanha, na França... E suponho que o Estraviz lexicógrafo não poderia existir sem todas essas experiências. É assim?
Vistas as cousas desde o momento atual tudo parece cor de rosa. Mas a realidade vivida foi muito dura. Deixar uma terra e uma cultura na qual estás plenamente integrado, com um trabalho planificado a curto e longo praço, e isto sem o poder pensar e sem te poder despedir dos teus, com cinco minutos para escolher, por outra cultura e outras pessoas que não conheces, é bastante duro. Trabalhar em França recolhendo milho, enterrando-te às vezes até aos joelhos e na Alemanha com o campo coberto de neve durante três meses e alguns dias com 15 graus negativos, gelando-se o bafo nos bigodes, tem bem pouco de atrativo. Ficando em Usseira, em princípio o campo lexicográfico houvera ficado de lado. Talvez surgisse depois.
Foi você uma de tantas crianças galegas que puderam estudar graças à Igreja -o mosteiro de Usseira, no seu caso-. Um dos aspectos que lembra no livro é a repressão linguística e a sua decisão de rebelar-se contra dela, com 17 anos. Pode explicá-la?
Nos anos quarenta-cinquenta... estava terminantemente proibido falar galego em Usseira e em qualquer outra casa de religiosos, seminários, etc. Havia que falar castelhano por cima de tudo. A repressão era de tal jeito que deixavas de pensar por ti e assumias essa alienação terminando por considerá-lo depois um facto normal. Um crime de lesa humanidade. Mas quando começas a pensar um bocado por ti mesmo –se chega a surgir na tua vida essa hipótese- das-te conta do absurdo e estúpido que é e rebelas-te. Isso foi o que fiz eu e explico num conto intitulado Ais os curas, mãe que os pariu!. O relato, posteriormente, ia ser publicado junto com Manolinho (Ricardinho) das gravatas na revista Grial, proibindo-o a censura de Fraga Iribarne e publicando-se no seu lugar Cemitério marinho de Paul Valery. Nesse conto está plasmado o programa da minha vida posterior.
Conseguiu adaptar-se às normas da vida religiosa, mas foi desterrado do mosteiro por não aceitar que o Prior tomasse decisões sem sequer consultar à comunidade e por não estar disposto a renunciar à sua cultura. Que pegada deixou a expulsão da que tinha sido tantos anos a sua casa?
Essa não foi uma decisão individual minha unicamente. Foi uma decisão coletiva da maioria dos monges novos de querer que as cousas funcionassem melhor. Era bem pouco o que se pedia: que antes de tomar alguma determinação o superior consultasse a comunidade e que prescindisse de cousas que estavam mal. Depois confundiram propositadamente alhos com bugalhos e fizeram ver o que nunca se tinha pensado. Tudo por não querer falar e escutar o que nós pretendíamos. Os superiores tomaram decisões erradas pensando que com isso nos fariam calar e o único que conseguiram foi piorar tudo.
Visto que isso não dava resultado exigíamos uma visita apostólica, de uma pessoa alheia à Ordem, e escrevemos cartas à Sagrada Congregação de Religiosos para que enviasse uma pessoa imparcial e esta entregava as nossas cartas ao Geral, Gabriel Sortais, que era um furibundo centralista, via segregacionismo por toda parte, e em lugar de falar connosco tranquilamente para saber que se passava, tomaram decisões ao tolo e assim lhes foi. Pensaram que éramos umas crianças e encontraram-se com pessoas que pensavam por si mesmas. Esse é um proceder bastante frequente nas hierarquias eclesiásticas que se creem protegidos polo Espírito Santo como se fossem infalíveis. “Pobre Espírito Santo, lhe disse eu uma vez ao Padre Honório, se tem que respaldar todas as parvadas que a você se lhe ocorrem!”. O processo marcou-nos a todos, pois a partir de aí a nossa comunicação epistolar foi em galego, deixando de lado o castelhano. E por toda parte por onde andei a mim sempre me conheciam por o galego.
Segundo conta no livro, foi bem acolhido, em geral, pelos outros religiosos tanto na França como na Alemanha e no resto de mosteiros nos que esteve exilado. Como influiu nessa acolhida o processo de mudança da própria Igreja?
Todos os de Usseira fomos bem acolhidos em toda parte polo nosso comportamento exemplar e porque afinal todos conheceram a canalhada cometida contra uma pobre comunidade. Naquela altura ainda faltava bastante para o Concílio Vaticano II. Além disso, em todos os lugares onde estivemos os monges eram “pessoas humanas” e nunca vimos um gesto pejorativo, antes pola contra, uma grande simpatia.
"Se em Madrid querem que todos nos sintamos espanhóis, têm que começar por respeitar todas as diferenças"
Um dos aspectos mais destacáveis da sua trajetória é o seu compromisso social. Diz no livro que teria sido mais um cigano de não ser porque a sua prioridade era -e é- a cultura galega. Segundo a sua experiência, por que é que se perpetua a exclusão e os problemas de convivência depois de tantos séculos?
Em realidade podia ter sido muitas outras cousas se não estivesse por meio o meu compromisso com a nossa cultura. Quando tomas contacto com um grupo humano e te mergulhas na sua língua e cultura, es um mais desse grupo, o resto vem de por si. Perpetua-se porque não exploramos a nossa parte humana e damos via livre à parte animal. Os seres humanos não somos uns mais do que os outros, somos todos iguais. A Terra não é de uns poucos, é de todos. E é para que todos possamos viver dignamente. O que acontece é que muitos se creem superiores e querem que os demais sejam seus escravos. O capitalismo, apresente-se na forma que se apresente, é um canibalismo e como tal uma infâmia para a Humanidade.
Com respeito à nossa língua e cultura, convém não esquecer que muito antes de que o castelhano tivesse alguma entidade, o galego era a língua de cultura não só da Galiza mas também do território peninsular. Eu por todos os lugares por onde andei falava como falavam ali. Em Santa Maria de Huerta, perto de Calatayud, falávamos estilo aragonês. Em Santa Maria de la Oliva (Navarra) falávamos estilo navarro. Em Albacete falei uma espécie de panocho. Em Madrid, como babel das espanhas, falei de acordo com o lugar onde me encontrava. Ah! Em Catalunha e Baleares tentei falar catalão.
O idioma próprio e natural da Galiza é o galego, conhecido mundialmente como português, por serem eles os que levaram polos cinco continentes, um idioma com tantas ou mais possibilidades do que o castelhano. O castelhano é um idioma invasor e colonizador, não próprio da Galiza por muito que Rajoy, Feijoo e “Galicia Bilingue”, se esforcem por dizer-nos o contrário. O triste é que os que tal defendem nem sabem sequer pronunciar os seus nomes galegos nem se atrevem a traduzi-los ao castelhano, que seria o normal tendo em conta a sua mentalidade. E quero dizer a “Galicia Bilingue” –que não são bilingues- que, se é tão bom ser bilíngue, que eu estaria de acordo sempre e quando toda Espanha fosse bilíngue. Todos iguais, todos sem privilégios. O que não vou tragar nunca são as suas parvadas.
Se em Madrid querem que todos nos sintamos espanhóis, têm que começar por respeitar todas as diferenças. É lógico e normal que quando não te deixam ser o que es, mandes todo a passeio e procures viver independentemente.
"Pinheiro era defensor da unidade linguística galegoportuguesa. Disso falamos várias vezes na sua mesa camilha"
Colaborou com o pessoal de Galaxia, na primeira época do projeto de Ramón Piñeiro, num tempo de censura e muitas dificuldades para a nossa língua. Como lembra a sua relação com Piñeiro?
Conheci Pinheiro por meio de Jesus Ferro Couselo. O meu relacionamento com Pinheiro foi sempre ótimo. Conheci-o em 1959 e desde esse ano sempre houve uma grande amizade. E ele foi a pessoa que me seguiu epistolarmente por todos os lugares por onde andei. Deu-me e emprestou-me os livros que necessitei e incluso gestionou-me um encontro com os irmãos Fernández de Lugo para fazer um trabalho na Alemanha, que não se levou a cabo por morrer o principal gestor. Ele era defensor da unidade linguística galegoportuguesa. Disso falamos várias vezes na sua mesa camilha.
Os problemas surgiram ao prescindirem dele aquando da normativa do governo da pré-autonomia. A partir de aí foi mudando até se passar ao ILG e pedir-me a mim que fizesse o mesmo. A última vez que falei com ele foi na sua casa. Bateu à sua porta Ceferino Díaz para lhe comunicar que ia nas listas do PSOE. As últimas palavras que nos dissemos foram: “Espero que quando chegue a Vigo pense como penso eu” e a minha resposta: “Eu também espero que quando chegue alá tenha pensado melhor as cousas e mude de opinião”. Nunca mais falei com ele ainda que vi que ele tinha interesse em o fazer na igreja dos franciscanos quando assistíamos aos funerais de Ricardo Carvalho Calero.
Na década de 70 estudou três carreiras universitárias, foi professor de Secundária em Madrid e continuou com o trabalho social. Nesse tempo realizou algumas traduções. Entre elas, sem sabê-lo, a de propaganda das primeiras eleições da AP de Fraga. Pode contar essa anedota?
Posso. Fora um senhor a minha casa a S. Fernando de Henares. Eu não estava. Chegava à noitinha de Lisboa. Encontrei na minha caixa de correios um envelope com uma nota na que me pediam que traduzisse o seu conteúdo ao galego e lhe devolvesse tudo quanto antes. Ao dia seguinte levei o material ao lugar indicado. O senhor muito agradecido perguntou-me quanto me devia polo trabalho. Eu não lhe disse nada. Estendeu-me então a mão com 25.000 ptas perguntando-me se queria mais. Uns dias depois levaram-me o material completo e vi que era de “Alianza Popular”. Antes de o dar por definitivo teve o senhor que se deslocar à Corunha para que a Academia Galega lhe desse o visto.
Quero deixar constância de que houvesse feito o mesmo trabalho ainda sabendo para quem era, pois um idioma pertence aos de extrema direita, aos de direita, aos de centro direita, do centro, do centro esquerda, de esquerda e de extrema esquerda, de todos os que vivem no território onde se fala. E em quanto não for assim mal andamos. O caso galego é um caso estranhíssimo. As direitas catalãs e bascas defendem, como os outros, o seu idioma.
"Nunca compreendi nem compreenderei jamais a capacidade dos galegos para se dividirem, subdividirem e estarem sempre nessa atitude"
Também participou, em Madrid, do associacionismo cultural galego. Teve relação com a gente de Brais Pinto, foi um dos impulsores de Lóstrego e participou da Irmandade Galega. Como o condicionaram as crises do nacionalismo galego o seu trabalho e ativismo naqueles grupos?
Em Madrid os galegos só nos distinguíamos se defendíamos ou não a nossa língua e cultura. Tu eras galego e ninguém che perguntava pola ideologia política. Aí radicava o de poder entrar ou não em certos círculos. Sim que me condicionou, como me segue a condicionar atualmente. O que não sei é o quanto. Sou otimista hoje como quando tinha vinte anos. Mas nunca compreendi nem compreenderei jamais a capacidade dos galegos para se dividirem, subdividirem e estarem sempre nessa atitude. Enquanto não assumamos que só unidos podemos salvar Galiza, estamos a perder o tempo e atraiçoar a nossa pátria.
Em Lisboa, no 77, teve a oportunidade de comparar textos galego-portugueses feitos na Galiza e em Portugal. Foi esta investigação decisiva na sua reflexão sobre qual deve ser a ortografia e o modelo para padronizar o galego?
A minha decisão já vinha de muito atrás como podes comprovar no prefácio de Bernardo Penabade. Logicamente esse contacto pessoal e escrito durante um ano em Lisboa suprimiu qualquer dúvida, especialmente quando no Sul todo o mundo me considerava português do Norte, por mais que intentasse explicar-lhes que eu era galego. Em Grândola queriam que levasse para os portugueses do norte produtos do campo que eles cultivavam com tanto carinho e ilusão.
"Havendo naquela altura editoras de mentalidade aberta, não raquítica, esses problemas seriam inexistentes e hoje todo o mundo estaria escrevendo como o estamos a escrever nós agora"
Entre finais da década de 70 e princípios da de 80 trabalha na que será a sua obra mais importante, o dicionário Estraviz, que encontrou numerosos obstáculos para a sua publicação. O problema de fundo era só a ortografía, ou havia mais?
Os problemas nunca foram nem são unicamente ortográficos. Os problemas estão na cabeça dos galegos. É fruto do colonialismo que levamos sofrendo durante tantos séculos de jeito que vemos as cousas diferentes quando se fala do castelhano, do inglês, do francês ou de qualquer outro idioma onde se admitem diferenças bastante maiores das que existem entre galego e português e no entanto consideram normal a unidade. Só quando se fala da unidade galegoportuguesa é que olham de maneira diferente. Trata-se de um raquitismo mental, de um colonialismo não em processo senão consumado. Nem eu nem outros demoramos projeto nenhum. Simplesmente não havia outra hipótese. Havendo naquela altura editoras de mentalidade aberta, não raquítica, esses problemas seriam inexistentes e hoje todo o mundo estaria escrevendo como o estamos a escrever nós agora.
Na década de 80 consegue voltar a Galiza, onde trabalha como professor de Secundária, e volta ter problemas pela sua opção ortográfica. Neste contexto surge a AGAL. Quais eram os objetivos primeiros da associação?
Os objetivos da AGAL eram fazer realidade o que todo o nacionalismo galego vinha defendendo mas não levando à prática: aproximar, até identificar, o galego na escrita ao português. E isto num primeiro momento pensou-se que seria melhor ir por etapas. É raro encontrar alguém dos que assinamos o Estudo Crítico que defenda o contrário.
A influência social da AGAL foi aumentando com o tempo. Agora mesmo o discurso sobre o galego como vantagem competitiva foi assumido mesmo das instituições públicas. Acha que é só retórica ou dão-se de conta de que há uma força social que não podem ignorar?
Já é um passo bastante grande, até ao de agora impensável. Há que dar tempo ao tempo e esperemos que mais cedo que tarde não fique em pura retórica mas seja realidade. Sobretudo que deixem liberdade na escolha ortográfica, pois se houvesse liberdade no ano 82 hoje todo o mundo escreveria como escrevem os países de língua portuguesa. Esse é o medo que tem o colonizador colonizado.
Desde a aprovação deste último decreto sobre o galego no ensino a situação da língua não deixou de piorar. (Ainda que o último Mapa da RAG já assinalava retrocessos de antes). Que está a errar nas políticas linguísticas? Que errou nos últimos 30 anos?
E continuará piorando se não se muda de tática. Para isso é indispensável mudar radicalmente de atitudes na transmissão idiomática. Como disse anteriormente, o galego é o único idioma natural e próprio da Galiza por muito espanhóis que queiram que sejamos. O que não se pode é tolerar que nos queiram considerar espanhóis por um lado e polo outro não nos deixem sermos o que somos. Portanto cumpre educar os professores sem enganos e sem meias tintas. Transmitir esses conhecimentos com conhecimento, convicção, entusiasmo e orgulho. Deixar de lado as estupidezes de Wert e de leis alienadoras: empregar o galego sempre e em primeiro lugar para tudo, pois os galegos vamos saber sempre e escrever melhor do que ele –e os outros- o seu idioma. Por de pronto os melhores escritores do castelhano são da periferia. E nunca ser fanáticos de nenhuma normativa. Nisto a Academia Espanhola nos dá exemplo a galegos e portugueses.
"As universidades galegas o melhor é ignorá-las. E a de Vigo ainda mais. Estou a me referir à parte linguística, claro"
É professor na Universidade de Vigo desde a década de 90. Houve avanços no debate entre reintegracionismo e oficialismo? Acabaram os seitarismos, de ambos bandos?
As universidades galegas o melhor é ignorá-las. E a de Vigo ainda mais. Estou a me referir à parte linguística, claro. Neste sentido a de Vigo e Santiago as piores. Em Ourense deu-se o caso de termos que formar uma Comissão para estudar os casos de bastantes alunos que chegavam a quinta convocatória sem aprovarem o galego e lhes dáremos o diploma de magistério sem o terem aprovado por fanatismo de um professor que só tinha em conta as gralhas ortográficas, chumbando mais os galegofalantes do que os outros.
Seitarismos, que eu saiba, só os houve no chamado oficialismo. Aos outros nunca se nos teve em conta. Eu mesmo tive que fazer um resumo em castelhano de uma tese de doutoramento em português, porque os pobres doutores entendiam inglês mas não o português que estavam falando. Outro caso sangrante, próprio de mentalidades infantis. Quando se tratou de eregir uma estátua a Carvalho Calero, primeiro catedrático de galego da universidade de Santiago, um dos mais importantes investigadores e literatos da universidade, a quem lhe deviam ter feito eles por dignidade uma homenagem, em princípio os de Santiago estavam dispostos e os da Corunha parece que também. Reuniram-se participantes das três e a de Vigo propus que tinham que estar as três de acordo. Como eles se negaram, Santiago nem sequer colaborou com um centavo!! Mas para vergonha das três universidades, Carvalho Calero tem a sua estátua ereta em Santiago por um grupo reducido de cinco pessoas que procuraram ajuda popular por subscrição.