1846 é para sempre. Abril, sempre!

A decisom do Governo do Reino de Espanha de centralizar a resposta ao andaço da COVID-19, presente já desde o começo da gestom da crise polo PSOE (co apoio imprescindível do Podemos), acaba de ultrapassar umha linha vermelha ao impor a província como unidade territorial de base do desconfinamento. Umha medida qualificada de rídícula, alheia à nossa idiossincrasia e organizaçom territorial, rançosa em tanto nos retrotrai aos tempos da Ditadura franquista e, portanto, ineficaz na luita contra a pandemia. Porém, nom convém tomá-la de ânimo leve, visto que é umha decisom política que, além de pôr-nos em perigo, semelha ter a intençom, assemade, de esvaziar ainda mais de conteúdo e minorizar o já cativo sistema autonómico, com arelas recentralizadoras a cada mais manifestas.

A indignaçom na Catalunya e em Euskal Herria co devandito plano provincial de desconfinamento do “mando único” encabeçado polo Pedro Sánchez, é patente. Mas agora, precisamos que a indignaçom que nom duvidamos se sente por todo o território galego, se exprima com contundência. Sabemos que nom podemos contar coa Xunta de Galicia, sequestrada por Feijóo e o PP, visto que só pretendem traficar coa dor e co medo, para manobrarem e tirarem réditos na luita polo poder político em Madrid. Neste momento, precisamos que a nossa indignaçom pessoal ou coletiva pete em riba da mesa co espírito libertário, irmandinho e insurgente dum Antolín Faraldo que, noutro Abril esperançado, confrontou o oprobioso “provincianismo” centralista chamando à unidade galega, em especial “a essa classe singela que trabalha, a esse povo oprimido”, a defender un “provincialismo” anticolonial, desde umha “nacionalidade” cum aquel arredista:

“…Galiza, arrastando até aqui umha existência oprobiosa, convertida numha verdadeira colónia da corte, vai levantar-se da sua humilhaçom e abatimento… Espertando o poderoso sentimento de provincialismo, e encaminhando para um só fim todos os talentos e todos os esforços, chegará a conquistar Galiza a influência de que é merecedora, colocando-se no alto lugar a que está chamado o antigo reino dos suevos….” Antolín Faraldo, La Revolución, Santiago, 17 de Abril de 1846. Proclama de constitución da Xunta Provisional de Goberno de Galicia

Em definitivo, pretendemos que a nossa indignaçom se transforme num rejo chamamento aos partidos soberanistas e a toda a sociedade civil organizada, para que, desbotando inúteis divisons e retesias, enfrentem sem trégua qualquer tentativa de involuçom política ou territorial, e defendam sem fissuras a conquista da soberania dos povos que, neste intre, fam parte do Estado espanhol. Caso contrário, se permanecermos téped@s e resignad@s, a esperança esmorecerá sem remédio. 

Viva Galiza ceive!
Viva a Revoluçom Galega de 1846!
Sempre Abril! Abril Sempre!

Na Galiza, 29 de Abril de 2020

 

Grazas ás socias e socios editamos un xornal plural

As socias e socios de Praza.gal son esenciais para editarmos cada día un xornal plural. Dende moi pouco a túa achega económica pode axudarnos a soster e ampliar a nosa redacción e, así, a contarmos máis, mellor e sen cancelas.