A produtividade, índice básico da competitividade dum país

Nivel de produtividade no ano 2022 nas distintas rexións dos países da UE © cercledeconomia

O catalám Cercle d´Economia deu à luz um documentado informe sobre a distribuiçom da produtividade na Uniom Europeia que resume com claridade a estratificaçom do potencial económico dos países europeus

O catalám Cercle d´Economia1 deu à luz um documentado informe sobre a distribuiçom da produtividade na Uniom Europeia2 que resume com claridade a estratificaçom do potencial económico dos países europeus.

A simples observaçom do mapa que encabeça este artigo, procedente do mencionado informe, resume de umha simples olhada da distribuiçom do bem-estar e a capacidade de crescimento das regions europeias a nível de NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, 2015) na actualidade.

Comecemos por delimitar o conceito de produtividade que conjuga o PIB em papel de dividendo social e a actividade laboral como divisor e agente central da actividade económica. O PIB é o conceito que mede a fluxo dos bens e serviços produzidos por unidade de tempo do qual derivamos o PIB por trabalhador que conhecemos como produtividade do trabalho, PIB produzido por unidade de trabalho aplicada. Neste esquema, o PIB produzido é a magnitude central e o trabalho o agente imprescindível num determinado entorno produtivo

Cabe destacar que o crescimento da produtividade em Espanha vem sendo marcadamente baixo provocando o nosso progressivo afastamento das regions europeias mais prósperas

Dizemos principal porque a magnitude do PIB produzido depende também de outras importantes variáveis como a dotaçom de capital —ferramentas e instalaçons— a qualidade dos operários e a tecnologia disponível, sacho, tractor, etc. Quanto às unidades de mediçom é pertinente assinalar que pode ser realizada a preços correntes ou a preços constantes. Os economistas costumam a falar neste caso do PPS, Purchasing Power Standard. Questons metodológicas básicas que merecem ser lembradas.

Voltando ao conceito, a produtividade do trabalho por hora trabalhada fornece umha imagem insubstituível da capacidade económica de umha economia e o seu potencial económico. A evoluçom desta magnitude no tempo debuxa a senda económica do país. Luxos de pertencermos à UE e à potente base de dados Eurostat.

O mapa de produtividades norte → sul justifica a reivindicaçom galega e nortenha de acelerar os planos de conexom ferroviária ameaçados de atrasamento pola alternativa central favorável a Madrid. A marginalidade de Galiza volve assomar de novo, neste caso com Portugal como argumento central

A análise a nível NUTS 2 amostra que a relaçom existente entre os ingressos percebidos e as horas trabalhadas é mui estreita como caberia supor, como também o correspondente retrocesso do nível de pobreza. O incremento da produtividade nas duas últimas décadas é um fenómeno generalizado se bem se observa que o seu ritmo se tem desacelerado. A geografia deste processo adopta um padrom preciso com incrementos de produtividade notavelmente superiores nas NUTS 2 em direcçom centro norte da UE com marcada tendência ao agravamento da divergência das regions mais desfavorecidas.

Cabe destacar que o crescimento da produtividade em Espanha vem sendo marcadamente baixo provocando o nosso progressivo afastamento das regions europeias mais prósperas, mesmo no caso de Madrid e Catalunha exemplos de dinamismo económico em Espanha. A comparaçom com os países mais próximos permite calibrar o status de Espanha em Europa. Em relaçom com Itália constatamos que a produtividade espanhola se situa na gama de produtividades meia e baixa com umha pequena ilha de alta produtividade em Euskádi. Portugal, em comparaçom, mantém umha qualificaçom de produtividade mínima na totalidade das regions nortenhas até Lisboa que as afasta de Galiza. O mapa de produtividades norte → sul justifica a reivindicaçom galega e nortenha de acelerar os planos de conexom ferroviária ameaçados de atrasamento pola alternativa central favorável a Madrid. A marginalidade de Galiza volve assomar de novo, neste caso com Portugal como argumento central.

O crescimento da produtividade em Espanha foi mui baixo nas últimas duas décadas, lembra o informe. Entre 2000 e 2002 a produtividade afastou-se da meia comunitária entre o 6% e o 12%; com a consabida excepçom do País Basco. Catalunha e Madrid seguem a tónica geral da economia espanhola e se afastam dos melhores registos comunitários. As regions do centro e o norte de Europa reforçam o seu liderado na distribuiçom geográfica da produtividade. No ano 2022, o 82% das regions de maior produtividade em Europa concentravam-se no corredor norte-sul que vai de Dinamarca, Bélgica e os Países Baixos através de Alemanha até Áustria. E dai de onde procediam os ominosos homens de negro representantes da troika da Comisom Europeia, o BCE e o FMI com o aplauso dos países frugais encabeçados polo sombrio personagem Wolfgang Schäuble de triste recordaçom.

Umha vez mais se comprova que é Keynes e nom Hayek o guia adequado da gestom macroeconómica por mais que repugne aos gurus da direita irredenta e as suas terminais mediáticas. Para adorar a Hajek abonda com Milei e a sua motosserra

Unha política macroeconómica nefasta que acabou sendo corrigida depois de comprovados os destroços provocados por Europa adiante. Umha vez mais se comprova que é Keynes e nom Hayek o guia adequado da gestom macroeconómica3 por mais que repugne aos gurus da direita irredenta e as suas terminais mediáticas. Para adorar a Hajek abonda com Milei e a sua motosserra.

O aspecto mais preocupante da produtividade europeia é a sua falta de dinamismo em relaçom com a pujança da produtividade norte-americana. Um artigo do 3 de Junho em La Vanguardia oferecia-nos o diagrama que aqui reproduzimos que mostra a evoluçom do índice da produtividade de ambos com base 100 no ano 2000. Como observamos, o índice europeu situava-se em 122,1 em 2022 mentres o americano escalava a 130,4; 8 pontos bem compridos em menos de 1/4 de século. Umha mensagem amarga à UE para temperar a nossa auto-satisfacçom polo liderança europeia nos objectivos da descarbonizaçom.

 

Notas

1 https://cercledeconomia.com/

2 https://admin.cercledeconomia.com/content/uploads/2024/05/paperscercle_evolucion-de-la-productividad-en-europa_cast.pdf

3 https://www.bbva.com/es/economia-y-finanzas/keynes-vs-hayek-lo-debes-saber/

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