-Percursos sem roteiro

  • Fernando Venâncio, amigo e mestre, na memória

    Morreu-me o amigo, morreu-se-nos o mestre, aquele que nos revelou a centralidade inexpugnável do galego nesse extenso e singular universo linguístico que é o romance ocidental que abraça continentes. Ele nos leccionou de como esse universo apousa no território matricial da língua galega.

  • A ignoráncia trumpiana refutada por quem sabe

    Como terminará a guerra comercial de Trump? pergunta com aguda intençom Eichengreen ao final do seu artigo; o mais provável é que siga o conselho que, segundo se diz deu em 1966 o senador por Vermont George Aiken a respeito da guerra de Vietname: O governo deveria limitar-se a declarar a vitória e retirar-se

  • Um conselheiro plenipotenciário no Kremlin

    O roteiro político implícito visa umha nova governança mundial capaz de assentar umha nova ordem em que Ocidente cede o seu domínio á grande Eurásia emergente; novo agente global que alude à Índia, a China, ao denominado Sul Global. Em tal perspectiva, a Uniom Europeia faria bem em recuperar o interesse pola América hispana, por África, por um Sul global reconquistado para a democracia

  • Umha trindade tóxica na Casa Branca e um discurso europeísta de Donald Tusk

    Nesta regueifa mundial de gorilas batendo no peito, o imperador supremacista de índole extractivista dialoga com o pequeno czar de cote escarranchado nas poltronas do Kremlin, como se fossem incapazes de conter tanto poderio. A resposta a todo este caos véu do país mais ameaçado polo expansionismo do Kremlin. Donald Tusk, primeiro ministro polaco e europeísta convencido, tam serena como contundente

  • Europa, Europa

    Europa, a Uniom, assiste desconcertada a um dos maiores desafios da sua história. Desprezada pola extrema direita em imparável ascenso, com Orbán como pioneiro, Rússia à espreita, e o ódio ao pluralismo democrático e aos valores do humanismo em acelerado incremento, o desafio de Trump avança sem obstáculos

  • Defender o galego, do galego de qualidade ao galego áureo

    A recente publicaçom de Farpas e Lampejos é um autêntico agasalho de Natal que recomendo vivamente a todos porque vam com certeza a desfrutar e a aprender. A dupla comdiçom de filólogo e naturalista entusiasta está presente desde a mesma capa do livro

  • A geopolítica pró-europeia de Garton Ash, a firmeza dum compromisso

    É a hora de repensarmos Europa na sua singularidade e precária fortaleza com a Alemanha ameaçada de involuçom isolacionista, a França desconcertada e debilitada e a Grá-Bretanha que ainda pretende sonhar com umha ilusória relaçom privilegiada com os Estados Unidos. E sem embargo, a hora do europeísmo soou. Revitalizar o projecto é a tarefa iniludível que nos convoca por desígnio histórico e por exigência política colectiva.

  • Afastar-se de Rússia, o Lago OTAN e os nove de Bucareste

    Kaja Kallas que substitui como sabemos a Josep Borrell a frente da diplomacia da UE onde deixou um legado de firmeza na defesa dos direitos humanos e da integridade territorial da Uniom que lhe valeu a animadversom de Benjamim Netanyahu e de Vladimir Putin. Há vezes que a catadura moral dos adversários é o melhor a melhor medida da integridade própria. 

  • A emergência imparável da Índia

    Quase sem se fazer notar, oculta do primeiro plano pola hegemonia mundial chinesa, a Índia avança sem pausa prestes a ocupar um lugar protagonista no disputado cenário geopolítico mundial

  • A democracia americana regressa com passo feminino e juvenil

    A vontade de regeneraçom democrática parece assomar de novo na política americana da mão de um grupo de congressistas iconoclastas e de umha geraçom universitária inconformista com a política exterior. Talvez umha new deal geopolítica como a proclamada polo facho secular da Estátua da Liberdade.