-Percursos sem roteiro

  • A hora de Ana Pontom. Ortodoxias e heterodoxias em tempo pós-ideológico

    Agora estamos na hora de Ana Pontom, mais abrangente e plural. Melhor para todos, o nacionalismo galego demanda umha actualizaçom democrática e quigérom os fados que esta vaia a ser desenvolvida sob o signo feminista acorde com o tempo político. Para muitos, votar BNG pode ser umha opçom atractiva, sem cláusulas esotéricas reservadas a teólogos orgânicos que a ninguém interesam

  • Galiza: estancamento dinámico e um cisne negro

    A perspectiva aberta a unha transformaçom radical da base produtiva da economia galega em perspectva verde peta na porta do futuro algo difusa ainda mas em absoluto utópica. Custa trabalho imaginar-nos em papel protagonista, mas bom, algum dia teria que ser que a Roda da Fortuna, décimo Arcano Maior do Tarô decidisse parar em Galiza.

  • Dor de viver e ataraxia

    A cultura clássica que nos impregna nom podia deixar de indagar no desconforto inevitável que acompanha a tarefa de viver. Cancelar a dor de viver, praticar a ataraxia, é o nobre propósito que inspira à filosofia clássica do abandono do balbordo do viver.

  • Galiza: o interminável processo de revoluçom passiva, do fim do campesinado à internacionalizaçom comercial

    A alegada excentricidade do país, tantas vezes esgrimida como desvantagem insuperável, revelou-se falsa. Firmemente ancorada na economia comunitária, a Galiza avança com firmeza pola senda da competitividade. O resultado nada tem de predizíveis os lúgubres rust belts e as cidades excluídas do progresso económico por terem perdido a senda tecnológica ou a centralidade aí estám

  • Os pilares do firmamento

    Estamos feitos de pó de estrelas desaparecidas há milénios, somos da mesma matéria que habitamos. Pó fugitivo apenas reflexionando sobre o próprio pó que somos. Mas sabemos que nós, simples detrito estelar, temos a capacidade de compreender o cosmos insondável e de submetê-lo a conta e razom

  • Paraísos reservados, beneficiários manifestos

    A fuga dos grandes patrimónios a paraísos fiscais para ocultar lucros inconfessáveis ou para evadir-se das obrigas tributárias é um fenómeno de enorme magnitude, resistente aos controles fiscais e opacos aos esforços desenvolvidos para quantificar a sua magnitude. Afortunadamente, o empenho académico por revelar e cifrar o mapa mundial do fenómeno já nos permite contemplar a sua inquietante magnitude.

  • Honoráveis parasitos do comum

    O sexteto de empresas sancionadas —Acciona, Dragados, FCC, Ferrovial, Obrascón Huarte e Sacyr— configura o selecto núcleo do clube oligárquico das grandes construtoras, aditas aos corredores do poder e aos círculos do negócio internacional, infestados de agentes intermediários e políticos em exercício

  • Retirar-se da vida com Kamo no Chomei

    Agora, na velhice, gosto de frequentar leituras meditativas como os “Pensamentos desde a minha cabana” de Kamo no Chomei, mestre de sabedoria e testemunha singular da irremediável fugacidade da vida. Repetir em voz alta anacos deste breviário serve-me de exercício de resistência contra a insidiosa disartria que me ameaça e de acolhedor mergulho no ritmo impassível do tempo e a memória. 

  • Meritocracia

    A tirania do mérito aborda de frente, sem rebuscadas divagaçons academicistas, os perversos efeitos da carreira meritocrática sobre a categoria do bem comum, essa veterana categoria da filosofia moral que o autor pretende reabilitar. 

  • A guerra controversa

    O conflito desborda de sobejo o ámbito europeu para situar-se no centro do cenário de confronto geoestratégico actual. Umha UE lamentavelmente amputada da sua conexom euro-asiática, um bloco anglo-saxónico liderado polos EUA com a Gram-Bretanha de fiel escudeiro, a imensa fronteira russa com o gigante chinês à espreita e os BRIC, por fim, com África de testemunha silenciosa.