-Percursos sem roteiro

  • O Mercado de Santiago, arcaísmo e modernidade

    A Ernesto Vázquez Sousa, argonauta amigo

    O atractivo urbanístico de Compostela é o resultado da integraçom harmónica da sua monumentalidade heterogénea —mosteiros e paços urbanos, parques e miradouros, edifícios civis e praças singulares— no recoleto tecido urbano da cidade. Nele, a Praça de Abastos ocupa um lugar preeminente pola sua capacidade para mimetizar-se com a alma feirante, popular e granítica da cidade. O seu feitio románico é umha amável piscadela ao peregrino que já visitou a Catedral e vai atopar nele umha inesperada réplica de sabor popular.

  • O malogrado modelo económico de Lucas Labrada

    Devemos-lhe ao grande Lucas Labrada o máximo reconhecimento pola ousada incorporaçom do pensamento matemático à análise económica, um atrevimento na época que enaltece a nossa ilustraçom nom obstante o desleixo no seu tratamento. 

  • O código secreto da Rua de Carricova

    Os tramos que configuram esta ruela contabilizam nos sucessivos tramos de escadarias entre patamar e patamar a sequência de 11, 6, 5 e 6 degraus: quer dizer, a misteriosa sequencia dos Anos Santos Compostelanos!

  • O eloquente formato do tecido demográfico

    A Espanha esvaziada mais que um simples slogan político designa um inexorável processo de abandono do território com os problemas que isso comporta. Um total de 3.926 municípios espanhóis registam já densidades de povoaçom inferiores a 12,5 hab./km² umbral considerado na UE como umbral de risco demográfico

  • A terceira transiçom

    A mudança em curso anuncia transformaçons decisivas ao longo de três eixos principais: a transiçom verde, a transiçom digital, e a mutaçom profunda nos roles de género e o protagonismo social provocada pola irrupçom definitiva da temática feminista.

  • A hora de Ana Pontom. Ortodoxias e heterodoxias em tempo pós-ideológico

    Agora estamos na hora de Ana Pontom, mais abrangente e plural. Melhor para todos, o nacionalismo galego demanda umha actualizaçom democrática e quigérom os fados que esta vaia a ser desenvolvida sob o signo feminista acorde com o tempo político. Para muitos, votar BNG pode ser umha opçom atractiva, sem cláusulas esotéricas reservadas a teólogos orgânicos que a ninguém interesam

  • Galiza: estancamento dinámico e um cisne negro

    A perspectiva aberta a unha transformaçom radical da base produtiva da economia galega em perspectva verde peta na porta do futuro algo difusa ainda mas em absoluto utópica. Custa trabalho imaginar-nos em papel protagonista, mas bom, algum dia teria que ser que a Roda da Fortuna, décimo Arcano Maior do Tarô decidisse parar em Galiza.

  • Dor de viver e ataraxia

    A cultura clássica que nos impregna nom podia deixar de indagar no desconforto inevitável que acompanha a tarefa de viver. Cancelar a dor de viver, praticar a ataraxia, é o nobre propósito que inspira à filosofia clássica do abandono do balbordo do viver.

  • Galiza: o interminável processo de revoluçom passiva, do fim do campesinado à internacionalizaçom comercial

    A alegada excentricidade do país, tantas vezes esgrimida como desvantagem insuperável, revelou-se falsa. Firmemente ancorada na economia comunitária, a Galiza avança com firmeza pola senda da competitividade. O resultado nada tem de predizíveis os lúgubres rust belts e as cidades excluídas do progresso económico por terem perdido a senda tecnológica ou a centralidade aí estám

  • Os pilares do firmamento

    Estamos feitos de pó de estrelas desaparecidas há milénios, somos da mesma matéria que habitamos. Pó fugitivo apenas reflexionando sobre o próprio pó que somos. Mas sabemos que nós, simples detrito estelar, temos a capacidade de compreender o cosmos insondável e de submetê-lo a conta e razom