-Percursos sem roteiro

  • Exercícios de supremacia geoestratégica: a Franja e a Rota

    O eixo da política geoestratégica chinesa neste século incerto foi nomeado como a Franja e a Rota, Belt and Road Iniciative, BRI. Um projecto enunciado polo presidente chinês Xi em 2013 e elevado à categoria de directriz fundamental da sua política internacional em 2017 com a sua incorporaçom à Constituiçom chinesa

  • Um grande olho dourado perscruta a luz primeira

    O JWST é um prodígio tecnológico desenhado para explorar a banda infravermelha das radiaçons, esse ténue rescaldo apenas perceptível de corpos estelares incipientes ou moribundos. Principia a portentosa aventura da poderosa máquina do tempo desenhada para interrogar o universo primitivo quando apenas contava uns centos de anos e nasciam as galáxias da primeira geraçom. Umha exultante viagem às origens

  • Cumes de desespero

    O ideário moral que inspirara as esperanças emancipatórias parece ter caducado nesta época de expectativas decrescentes e ansiedade apocalíptica

  • Polos mares fabulosos de Simbad

    Um mar sin limites. Una historia humana de los océanos (Crítica, 2013) é umha fascinante história universal de descobertas, embaixadores navegantes, ousados mercadores e marinheiros de fortuna possuídos pola insaciável paixom de explorar os ignotos confins dos oceanos em procura de glória e ventura

  • Metamorfoses da política: o ascenso dos astrólogos

    O exercício do poder precisa de umha sólida côdea protectora que o proteja da intempérie mediática e da hostilidade opositora. No quadro de mandos, a equipa de astrólogos de serviço esquadrinha sem descanso indicadores sociais e mensagens hostis em procura do material com que cozinhar o menu apologético diário

  • Liçons de umha crise económica vírica

    As veneráveis regras de endevedamento virtuoso — défice corrente inferior ao 3%, máximo de 60% de dêveda acumulada sobre PIB— ficam prudentemente em suspenso para espanto dos devotos da vulgata neoliberal e regozijo das belicosas heterodoxias económicas em vigor.

  • Portugal, Angola, Moçambique: o dolorido latejo da ferida pós-colonial

    A devoçom leitora, intensificada por meses de retiro decretado, depara algum reencontro estimulante como o da leitura de literatura pós-colonial portuguesa. Memória de um passado pungente imune ao olvido. Dous livros, um deles recente, actualizam com singular vigor essa zona de sombra inoportuna e reprimida que paira sobre o subconsciente português.

  • A mudança económica da Galiza, 1955-2018: Crescimento económico e estancamento demográfico

    Como era a economia galega em 1955 e qual foi a sua evoluçom até a actualidade? A recente publicaçom das séries históricas 1955-2018 do VAB e o emprego desagregadas por sectores e CCAA, permite-nos revisar o processo de mutaçom económica e demográfica oniciada a meados dos cinquenta, numha Galiza ancorada no policultivo de subsistência e a sociabilidade paroquial acentuados polo refluxo experimentado na pós-guerra