[Artigo publicado orixinalmente na web do Eixo Atlántico]
A Euro-Região, a casa de todos nós, será o farol de esperança na construção de um futuro melhor para todos. Porque juntos somos mais fortes.
Julgo não exagerar, até porque conheço bem a realidade municipal e supramunicipal em Portugal e Espanha, ao afirmar que dificilmente se encontrarão regiões transfronteiriças com o dinamismo e a capacidade que aqui temos no noroeste peninsular.
Somos uma das maiores, senão mesmo a maior comunidade transfronteiriça que une dois países em torno de um objetivo comum. E somos sobretudo aquela que o tem feito de forma mais exemplar de há mais de 25 anos a esta parte.
Por estes dias, o nosso foco quotidiano coletivo e por consequências também os nossos desafios esbatem-se e somos obrigados a recentrar todas as nossas atenções e esforços em torno do que é primário e elementar para toda uma sociedade. Para os nossos países e nações. A sobrevivência.
Vemo-nos repentinamente a braços com limitações que jamais equacionámos como possíveis. Somos obrigados a gerir coisas tão básicas e essenciais como o sair à rua, por onde caminhar, com quem estar, confinando os nossos passos e pensamentos em grande parte do tempo às quatro paredes do nosso escritório ou da nossa casa.
Mais do que um País, mais do que a Península Ibérica, a Europa e o Mundo pararam. Algo impensável para quem, como nós, tentamos prever de antemão o futuro, tomar medidas e discutir caminhos para as gerações futuras, para o depois de amanhã.
Uma certeza temos todos. Ninguém estava preparado para o que vivemos agora. Mas não podemos adiar respostas, nem esperar que outros tomem decisões que determinarão o nosso futuro.
O desafio que partilho com todos os outros Autarcas do Eixo é imenso e de enorme responsabilidade para com todos aqueles que representamos.
Também aqui, creio, o Eixo Atlântico e todos nós, com poderes e deveres políticos, e com a massa crítica e o trabalho intelectual que nos é exigido, deveremos olhar para esta ameaça como um desafio, transformando-a numa prova da nossa coesão.
Deveremos ser os primeiros a dar o exemplo, aos nossos países, à União Europeia e ao Mundo, como uma união de políticos e decisores, que compõe este importante núcleo que é o Eixo Atlântico
Deveremos ser os primeiros a dar o exemplo, aos nossos países, à União Europeia e ao Mundo, como uma união de políticos e decisores, que compõe este importante núcleo que é o Eixo Atlântico.
O desafio daqui para a frente é termos território em que os seus cidadãos se tornem de novo motores de crescimento dos respetivos países e que as nossas cidades se tornem também exemplos a seguir, de novo.
Para recuperarmos rapidamente o cenário económico da euro-região, que se afunda a cada dia que passa, necessitamos implementar medidas concretas que influenciem diretamente e de forma rápida as nossas empresas e economias locais. A seu tempo, a reanimação da economia, com foco na retoma das exportações e do turismo devem ser o grande foco de atuação. Nunca esquecendo a criação de respostas para todas as carências sociais que esta pandemia vai necessariamente agravar.
A Euro-Região, a casa de todos nós, será o farol de esperança na construção de um futuro melhor para todos. Porque juntos somos mais fortes.