Na publicación afóndase no papel de Galicia ou Macau, a importancia da mobilidade das persoas no espazo xeopolítico da CPLP, o papel das zonas transfronteirizas en construción no espazo internacional lusófono ou as diferentes relacións entre actores e axentes da lingua portuguesa
Dende o ano 2009, cada 5 de maio celébrase o Día Mundial da Lingua Portuguesa, que conmemora a data da primeira reunión dos ministros de Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
No marco desta celebración, o Observatorio Galego da Lusofonía (OGALUS) do Instituto Galego de Análise e Documentación Internacional (IGADI), no seu décimo quinto aniversario, vén de publicar un especial que se achega a cuestións esenciais para o dominio da lusofonía no século XXI.
Entre elas, afóndase no papel de Galicia ou Macau, a importancia da mobilidade das persoas no espazo xeopolítico da CPLP, o papel das zonas transfronteirizas en construción no espazo internacional lusófono ou as diferentes relacións entre actores e axentes da lingua portuguesa.
No especial participan 23 investigadores e investigadoras de Galicia, Portugal, Brasil, Cabo Verde, Mozambique ou Timor
O especial OGALUS realizouse baixo a coordinación do brasgalego Wesley Sateles Guerra e contou coa colaboración do CERES do Brasil e da Juventude Unida de Países de Lingua Portuguesa. Nel participan 23 investigadores e investigadoras de Galicia, Portugal, Brasil, Cabo Verde, Mozambique ou Timor.
O OGALUS (Observatório Galego da Lusofonia) é unha iniciativa do IGADI que dende o ano 2008 ten como misión esencial "manter uma atenção constante aos países e regiões de língua oficial portuguesa, de forma a promover o maior aproveitamento possível da afinidade linguística que a Galiza tem com estes territórios, além das sinergias nos diversos setores e os reflexos da lei Valentín Paz Andrade e a recente adesão da Espanha à CPLP".
"Será que uma fronteira, uma criação humana é capaz de represar os falares e a experiência dos povos?", preguntase a Carta editorial que abre o especial
"O português é uma língua internacional desde seu berço, hoje dividido entre fronteiras que separam Galiza do Norte de Portugal... “A fronteira mais antiga do planeta” dizem alguns... Porém... será que uma fronteira, uma criação humana é capaz de represar os falares e a experiência dos povos? Não será a própria vivência de cada nação os pilares que formam a diversidade linguística e somente enriquecem uma das maiores capacidades humanas que é a comunicação?", dise na Carta editorial que abre o especial.
Táboa de contidos
- O Observatório Galego da Lusofonia (2008-2023): Acento na língua para uma história do S.XXI. Daniel González Palau
- Dos estudos galegos em Portugal. Trajetória e alguns desafios. Carlos Pazos-Justo
- Negócios internacionais e afinidades culturais. Enrique Sáez
- A paradiplomacia na lusofonia. Wesley S.T Guerra
- A Eurorregião Galiza-Norte de Portugal como exemplo de cooperação lusófona e as Lusorregiões. Diego García
- As relações económicas e comerciais da Galiza com os países da CPLP. Diego Sande
- IA e direitos humanos na era digital: como o GPT está a afectar a comunidade académica. Filipa Pais
- A força do galego e das estratégias lusófonas no Tik Tok: Dígocho eu e o público brasileiro. Thayane Gaspar
- Nélida Piñon: a ponte galego-brasileira de uma ‘mulher de raça’. Mª Carmen Villarino
- A transferência de competências em Portugal no domínio da educação: Quid da Lusofonia?. Manuel Altino de Barros et João Casqueira
O OGALUS é unha iniciativa do IGADI que dende o 2008 busca "manter uma atenção constante aos países e regiões de língua oficial portuguesa, de forma a promover o maior aproveitamento possível da afinidade linguística que a Galiza tem com estes territórios"
- A importância dos acordos de cooperação entre os países de língua portuguesa e outros blocos econômicos. Luis Rutledge
- O que nos une? A necessidade de pensar os sentidos da lusofonia a partir da literatura lusófona africana. Flávia Abud
- Emigração nos países da lusofonia. Edson Ventura
- Análise da luta de libertação de Moçambique. Marcelino Sinete
- O impacto da Diplomacia Cultural na Política Externa: Caso da relação Portugal-Moçambique. Jaime Saia
- O apreço lusófono ao rap contestatório: A força sociopolítica do hip hop moçambicano. Aline Batista
- Cabo Verde, assumiu alcançar os “ODS” da Agenda 2030, como estratégia para construir um futuro e alcançar seu desenvolvimento sustentável. José Valdemiro
- Cabo Verde: inserção internacional como meio de desenvolvimento econômico. Anaclara Gutiérrez
- As políticas de cooperação em Cabo Verde: desafios e perspetivas. Antonio Pedro Melo
- A Ponte lusófona entre Cabo Verde e Guiné Equatorial – Breves apontamentos. Adilson Dias Ramos
- Timorenses procuram soluções na Europa, mas encontram o oposto. Diego Garcia
- Entrevista Centro de Línguas – UFF. Helena Andrade
- Macau, o português e a China. Genildo Pereira
- Análise dos 100 primeiros dias do 3º mandato do governo Lula. Bernardo Monteiro
Epistolario entre Rodrigues Lapa e Ramón Piñeiro
Son 91 cartas datadas entre 1953 e 1978 que están depositadas na Fundación Penzol e que agora se presentan dixitalizadas
Pola súa banda, neste 5 de maio, co gallo desta conmemoración, o Consello da Cultura Galega vén de poñer na rede un especial que inclúe o epistolario entre o filólogo Manuel Rodrigues Lapa e o galeguista Ramón Piñeiro. Son 91 cartas datadas entre 1953 e 1978 que están depositadas na Fundación Penzol en Vigo e que agora se presentan dixitalizadas xunto cun texto contextualizador a cargo de Henrique Monteagudo.
Esta correspondencia debe ser lida ao carón da cruzada por Rodrigues Lapa e Francisco F. del Riego nun lapso temporal practicamente idéntico (só un pouco máis amplo: 1950 a 1982), publicada polo ilustre galeguista: Cartas a Francisco Fernández del Riego sobre a cultura galega (2001), explica Monteagudo.

Os epistolarios de Lapa, Del Riego e Piñeiro amosan a intensa colaboración do luso co grupo organizado ao redor da Editorial Galaxia
En conxunto, estes dous epistolarios dan testemuño da intensa colaboración de Lapa co grupo galeguista organizado ao redor da Editorial Galaxia. Nestes anos Lapa facilitou aos integrantes do Grupo Galaxia contactos coa cultura portuguesa e coa lusitanística internacional (nomeadamente, a medievalística italiana) e orientounos sobre cuestións filolóxicas, especialmente as referidas á lírica trobadoresca e en xeral á literatura medieval. Mentres, Piñeiro ofrecía a Lapa informacións de primeira man sobre Galicia e a cultura galega.